Proprietário foi autuado em R$ 7 mil por maus-tratos, será processado por crime ambiental e por manter animal silvestre em cativeiro; polícia apreendeu quatro galos de briga e uma ararinha maracanã
Após denúncia anônima, Policiais Militares Ambientais de Campo Grande e o IBAMA fecharam ontem um local na Capital onde funcionaria uma rinha de galos.
A casa ficava no bairro Talismã. No momento da chegada dos Policiais Militares Ambientais e fiscais do IBAMA, um pedreiro de 41 anos identificou-se como proprietário. Ele afirmou que só criava os galos e que não funcionava rinha.
As equipes da PMA e IBAMA verificaram no local que os animais eram mantidos em gaiolas de madeira extremamente apertadas, com restrição de movimentos, privação de luz solar e circulação aérea inadequada, o que, por si só, caracteriza-se maus-tratos.
Quatro animais apresentavam diversos ferimentos na crista e peito, bem como todas as aves apresentavam-se mutiladas, com as esporas cortadas e foram apreendidos. Todas as gaiolas também foram apreendidas.
O dono do local também mantinha em cativeiro ilegalmente uma ave silvestre da espécie maracanã, que também foi apreendida, juntamente com a gaiola. O infrator foi conduzido à delegacia de Polícia Civil na Capital e responderá por crime ambiental de maus-tratos a animais, com pena prevista de três meses a um ano de detenção e por manter animal silvestre em cativeiro, cuja pena prevista é de seis meses a um ano de detenção. A PMA confeccionou auto de infração administrativo e aplicou multa de R$ 7 mil contra o infrator.