Segundo promotores, número crescente de contaminações, falta de medicamentos de intubação e aumento na taxa de ocupação dos hospitais pode causar colapso e levar pessoas à morte
Quem olha assim, meio distraído, para bares e restaurantes, não apenas em Três Lagoas, mas em várias regiões do país, pode achar que a pandemia de Covid-19, doença que já matou mais de 128 mil pessoas no Brasil, já acabou.
Mas os números não mentem: quanto mais as pessoas relaxam nos cuidados, como uso de máscaras e evitando aglomerações, mais a situação fica preocupante.
Dados levantados pelo Ministério Público indicam esse crescimento em Três Lagoas e mostram a preocupação dos promotores com o que está acontecendo. Em alerta divulgado ontem, o MP alerta que a situação “ainda continua grave” e cita números da evolução da doença na cidade.
De acordo com o documento, até 31 de julho o número de casos de Covid-19 na cidade era de 668. Na primeira quinzena de agosto, 264 novos casos foram registrados; na segunda quinzena, mais 362 casos. E, nos nove primeiros dias de setembro, foram 234 novos casos positivos.
A avançada expansão da doença preocupa também pela situação dos leitos de UTI e número de intubações. Segundo boletim divulgado ontem, 9, pela Prefeitura, 24 pessoas estavam internadas na cidade em decorrência da doença, sendo 10 em leitos de UTI.
Segundo análise dos juristas, apesar da ampliação do número de leitos disponíveis, há escassez de medicamentos para intubação, o que pode gerar a morte de pessoas. Confira abaixo a análise de Ministério Público:
O documento termina com um apelo do Ministério Público, para que as pessoas mantenham o uso de máscaras e evitem aglomerações (mesmo entre parentes e vizinhos): “evite ao máximo sair de casa”, conclui.
Situação atual dos casos de Covid-19 em Três Lagoas:
