Moradores levantaram hipótese de fenômeno ter sido causado pela abertura dos vertedouros da Usina CTG; empresa nega e diz que efeito pode ser causado pela estiagem
(*) atualizada às 16h45 para acréscimo do posicionamento da CTG
Moradores da região do Rio Sucuriú e trabalhadores do Balneário Municipal enviaram vídeos ao Perfil News, assustados com o nível das águas da região.
A prainha do Balneário praticamente secou. No vídeo, um funcionário diz que trabalha no local desde a inauguração e nunca tinha visto o Balneário desse jeito.
“Tá seco. Faz 18 anos que eu trabalho aqui e nunca vi isso. Nunca aconteceu uma coisa dessas. Olha o trapiche onde está. Acabou. A água sumiu”, diz, enquanto mostra a área toda seca.
Outro vídeo, enviado a partir de outro atracadouro, mostra os tablados sem água. O recuo, segundo o relato, é de mais de 50 metros.
O recuo chegou à prainha de Castilho. Um vídeo postado nas redes sociais mostra que a água também “sumiu” no local.
Um repórter local afirma que nunca viu uma situação como a atual. “A Prefeitura acabou de fazer uma rampa para os barcos, mas agora a água sumiu”, afirma. Veja o vídeo neste link ou abaixo.
De quem é a culpa?
Moradores e frequentadores dos locais levantaram hipótese do fenômeno ter sido causado pela abertura dos vertedouros (comportas) da Usina Jupiá pela CTG.
O Perfil News questionou a empresa, que enviou a resposta no final desta tarde. A empresa nega que tenha havido abertura de comportas e afirma que culpa pode ser da estiagem. Confira nota completa abaixo:
A CTG Brasil informa que não houve vertimento recente na Usina Jupiá e que seu reservatório encontra-se dentro da faixa de operação autorizada pelos órgãos ambientais e regulatórios.
A Empresa ressalta ainda que a operação da Usina Jupiá e de todas as usinas hidrelétricas do País é coordenada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), tanto no que se refere à geração de energia quanto ao controle do nível dos reservatórios.
Por fim, destaca que ações que consideram variações dos níveis dentro de toda a faixa de operação em reservatórios “fio d´água”, como é o caso da UHE Jupiá, têm sido implementadas pelo ONS na tentativa de minimizar os efeitos da forte estiagem evidenciada nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.