O que dizer a tantos outros amigos e familiares daqueles que se foram, precocemente ou não, como os jornalistas Guilherme Filho (CBN), Nicanor Coelho (Midiaflex/Dourados) e Valdenir Rezende (Correio do Estado)?
Wilson Aquino*
“Perdi o chão!” era tudo o que o amigo jornalista Bruno Arce, Editor chefe do Jornal O Estado, conseguia dizer enquanto custávamos crer que ele havia acabado de perder sua amada e jovem esposa, a também jornalista Jucyllene Castilho, de apenas 34 anos, 19 dias depois de sepultar seu filho de 6 meses de gestação.
Por maior que fosse nossa capacidade de empatia, não conseguíamos mensurar a imensidão da dor no coração de Bruno e o vazio sob seus pés, e também de seus familiares.
O que dizer a um amigo, um irmão, num momento como este? O que dizer a tantos outros amigos e familiares daqueles que se foram, precocemente ou não, como os jornalistas Guilherme Filho (CBN), Nicanor Coelho (Midiaflex/Dourados) e Valdenir Rezende (Correio do Estado)?
Fico apenas imaginando a profundidade da dor de Rosângela G. de Oliveira, viúva de Valdenir Rezende, que em menos de duas semanas perdeu o marido e o pai, o ex-vereador em Campo Grande Rui de Oliveira, delegado de polícia aposentado, que faleceu na noite de quarta-feira (10). No dia seguinte conversei com o amigo de longa data, Dalmo de Oliveira, cinegrafista, outro filho de Rui, que estava muito entristecido com a perda de seu (pai) grande amigo.
O que dizer em momentos tristes como esses? As Escrituras Sagradas nos dão a resposta e é onde encontramos também o entendimento de que a vida não termina com a morte, pois é eterna. Essa verdade, infelizmente, é de difícil entesouramento pela mente e coração do homem, principalmente em situações como esta de extrema tristeza e dor.
O Evangelho de Deus é assim mesmo. Exige estudo contínuo, fé e perseverança não só para o seu entendimento como também para a obediência aos seus ensinamentos e mandamentos, que vêm do Senhor.
Elas, as Escrituras, nos ensinam que quando estamos sofrendo devemos procurar Deus para sermos consolados. É Ele mesmo quem promete isso, como podemos constatar em Mateus (11:28): “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”.
Em Deus encontramos não apenas consolo, mas também segurança e força para continuar a jornada. Ganhamos ainda sabedoria sobre a eternidade da vida e que nossa separação daqueles amigos e parentes que se foram, é apenas e tão somente uma breve despedida para um reencontro rumo à eternidade.
O que dizer de tão agradável promessa: “Bendito seja o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das Misericórdias e o Deus de toda consolação; Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus” (2 Coríntios 1:3-4)
E um grande exemplo de sofrimento e perseverança na fé em Deus, vem de Jó, personagem Bíblico do Velho Testamento. Ele era um dos homens mais ricos e prósperos da face da Terra. Temente a Deus, ele levava uma vida reta. Porém, como o sofrimento faz parte do Plano de Deus para nosso próprio crescimento, Jó perdeu a família, os bens e a saúde. Apesar disso, permaneceu firme na sua fé no Senhor.
No fim, Jó questionou Deus e aprendeu valiosas lições sobre a necessidade de confiar completamente Nele. Depois disso, ele recuperou a saúde, a alegria, a família e a prosperidade, tendo uma condição melhor que a anterior.
Que sigamos o exemplo de Jó, estabelecendo um bom relacionamento com Deus, que nos consola e nos dá tudo o que precisamos para continuar a longa jornada, com prosperidade e alegria, até que todos possamos, um dia, nos reencontrarmos para trilharmos a eternidade da vida, em família.
(*) Jornalista e Professor