O produto otimizado, com performance equivalente a um produto comercial, vai suprir uma lacuna de mercado por carvão de alto desempenho
O ISI Biomassa (Instituto SENAI de Inovação em Biomassa), localizado em Três Lagoas, e a empresa mineira Solea do Brasil firmaram parceria para desenvolver um projeto que transforma resíduos de macaúba em carvão sustentável. A palmeira é nativa do Brasil e predomina no cerrado brasileiro.
O projeto, que recebe recursos da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), consiste num processo pirolítico, uma reação que ocorre em altas temperaturas. “O carvão sustentável tem o mesmo desempenho do tradicional, a diferença é que ele é ecológico e, consequentemente, participa da economia circular, aquela que produz, lucra e mitiga danos ao meio ambiente”, explicou o pesquisador o ISI Biomassa, Hélio Merá de Assis.
O objetivo da inovação é que o carvão seja usado em processos industriais e o insumo pode ser utilizado em sistemas filtrantes para purificação de água, por exemplo. Atualmente, o projeto de pesquisa, que se iniciou em 2019, está em sua fase final e em processo de patenteamento pela empresa.
Ainda conforme Hélio Merá, projetos e inovação aplicados têm como como pressuposto a aplicação final do produto gerado. “O produto otimizado, com performance equivalente a um produto comercial, suprirá uma lacuna de mercado por carvão de alto desempenho para aplicação industrial. O ISI Biomassa tem um papel fundamental na integração de tecnologias, realizando a transferência de novas tecnologias da transformação de biomassas por diversas rotas. As soluções inovadoras vêm como respostas às demandas e necessidades do setor industrial”.