Valor médio pago ao produtor rural é de R$ 85,75 por saca, enquanto em 2020 se pagava R$ 37,29
A valorização do preço pago pela saca de milho em Mato Grosso do Sul chega a 130% quando comparado ao mês de junho de 2020. Atualmente, o valor médio pago ao produtor rural é de R$ 85,75 por saca, enquanto no ano passado se pagava R$ 37,29 por saca devido, principalmente à alta no mercado internacional. Esse é o assunto da matéria de #MercadoAgropecuário desta semana.
Os dados são do levantamento do Departamento Técnico do Sistema Famasul e da Aprosoja/MS. “Há a combinação de dólar valorizado e preços internacionais em alta, impulsionados pelo consumo mundial aquecido e a oferta ajustada, comportamento observado em todas as commodities agrícolas”, explica a analista técnica do Sistema Famasul, Eliamar Oliveira.
De acordo com a economista, os preços do cereal estão sustentados pela valorização no mercado internacional, e mesmo assim os vendedores e compradores estão cautelosos na comercialização, aguardando o resultado da safra. “Um exemplo é que a comercialização antecipada do milho está praticamente inalterada em relação ao começo de junho, mostrando que os produtores estão com foco no acompanhamento das lavouras. A comercialização do milho 2ª safra atingiu 40,08%”, acrescenta.
Mesmo com a alta das cotações, segundo a analista, não significa que o produtor está recebendo esses valores, uma vez que há uma escassez de estoques de milho junto ao produtor neste momento.
“A conjuntura está favorecendo a remuneração, porém o cenário foi desfavorável no início do plantio com custos de produção mais elevados, semeadura fora da janela ideal e fatores climáticos negativos. Os altos custos e perda de produtividade na lavoura reduzem a lucratividade do produtor e impactam na rentabilidade do investimento”, explica.
MERCADO INTERNACIONAL
Com a exportação de 451 mil toneladas, Mato Grosso do Sul é o segundo estado do país no ranking de comercialização do milho junto ao mercado internacional. Os cinco principais compradores do milho de MS responderam por 75,75% da receita com exportações do cereal e valor de US$ 61,5 milhões. Egito, Malásia, Peru, Taiwan e Coreia do Sul são os principais destinos.