A ocorrência foi registrada no início da noite de terça-feira, no bairro Montanini; o homem lutou com o animal e ficou com as pernas arranhadas
Um morador do bairro Montanini passou por um grande susto no início da noite de terça-feira, quando fazia caminhada próximo a uma mata, na divisa do bairro com a floresta.
O marceneiro, Jair Ferreira da Cruz, de 58 anos, como já era rotina, fazia sua caminhada pelas ruas do bairro, quando ao se aproximar de uma área de mata, foi atacado por um felino, que segundo ele era de baixa estatura, de cor parda.
LOCAL ONDE O HOMEM FOI ATACADO APARECE AS MARCAS DAS GARRAS
O ataque foi repentino e o animal grudou as garras em suas pernas, rugindo furiosamente. Jair disse que não entrou em desespero e defendeu-se com chutes no felino, situação que o deixava mais enfurecido. Decorridos alguns segundos, o animal não se acalmava, foi quando a vítima se armou com um pedaço de pau que encontrou no chão e desferiu no felino, que largou sua perna, adentrando na mata.
VIRALIZOU NAS REDES SOCIAIS
A notícia do ataque ganhou as redes sociais, viralizando em Três Lagoas. A reportagem do Perfil News entrou em contato com o capitão, capitão Gabriel Gomes da Rocha, comandante da 6° Cia do Batalhão de PMA de Três Lagoas, que se dirigiu ao bairro para ouvir o relato da vítima.
A equipe da PMA foi com a vítima até o local onde ocorreu o ataque e ainda era visível as marcas das garras do animal, evidenciando os fatos relatados pela vítima. De acordo com o relato, o comandante da PMA ao Perfil News, não foi uma jaguatirica que o atacou. “Primeiramente pelo tamanho e a coloração do animal. Se fosse uma jaguatirica, o desfecho do ataque seria de maior gravidade”, informou.
Indagado o qual animal poderia ser, ele disse que tem todas as características de um gato do mato.
DESCARTE DE LIXO
O comandante da PMA observou que em um terreno nas proximidades há descarte de lixo doméstico, situação que pode atrair animais, devido à proximidade de uma mata nos fundos do bairro. Por conta disso, o militar relatou que os moradores devem evitar jogar lixos em terrenos baldios: “isso atrai os animais”, disse.
O comandante da PMA aproveitou para alertar os pais para que não deixaram as crianças sozinhas nessa localidade. “Se ao invés de um adulto o ataque fosse a uma criança o resultado poderia ser trágico”, relatou o PMA.
Quando essa matéria estava sendo produzida, um morador entrou em contato com a reportagem informando que na mata das proximidades já foi vista uma raposa, que poderia ser essa animal que promoveu o ataque.
AS PERNAS DA VÍTIMA FICARAM MARCADAS PELAS GARRAS DO ANIMAL
Em contato com o capitão Rocha, ele não descartou a possiblidade, porém reiterou que a característica da ocorrência leva a crer que seja um felino.
OUTRAS OCORRÊNCIAS
Recentemente, no dia 09 deste mês, uma onça parda apareceu no bairro Jardim São Francisco e acuada por cães, ela se refugiou nos fundos de uma residência, onde funciona uma tapeçaria.
O felino mobilizou equipes da PMA, do Corpo de Bombeiros e até da Polícia Militar, porém, após horas de tentativas não conseguiram resgatá-la. A solução foi acionar uma equipe de médicos-veterinários e biólogos do CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), que se deslocou da capital à Bataguassu em uma aeronave do Corpo de Bombeiros.
O animal foi anestesiado com disparos de dardos com tranquilizantes e após examinado foi solto em uma reserva local.
Outro caso de aparecimento de onça em região habitada ocorreu na primeira quinzena de fevereiro deste ano, em Castilho (SP), cidade que faz divisa com Três Lagoas.
O animal surgiu andando pelas ruas da cidade e um morador a seguiu de veículo, até ela desaparecer em uma mata.
MATA NATIVA
“Essas ocorrências de invasão de bichos nas regiões urbanas ocorrem devido ao desmatamento da mata nativa e os animais vão procurar abrigo ou comida. De acordo que avançar o desaparecimento das florestas nativas, a presença de animais silvestres será cada maior no meio nas cidades”, pontuou o capitão Rocha, comandante da PMA de Três Lagoas.
