De acordo com a Petrobras, com o encerramento da operação com o grupo Acron será elaborado um novo processo de venda, cujo lançamento está previsto para o início de junho
A Aliança de Entidades (ACITL, AJE, APETL, ABRASEL, AICL e SRTL) lamenta a não-conclusão de venda da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Três Lagoas (UFN3) ao grupo russo Acron, conforme anunciado pela Petrobras nesta quinta-feira (28), em comunicado oficial ao mercado. A estatal divulgou que os estrangeiros substituíram o plano de negócios, “impossibilitando determinadas aprovações governamentais que eram necessárias para a continuidade da transação”.
A Aliança de Entidades entende que a venda desta fábrica é fundamental para o aquecimento econômico e a geração de empregos e oportunidades para o município e ao Mato Grosso do Sul e vêm, reiteradamente, cobrando autoridades e políticos para o desfecho desta negociação.
Laerte Augusti, presidente da Associação dos Jovens Empresários e Empreendedores de Três Lagoas (AJE), considera a negociação desta fábrica fundamental para os agricultores locais e de todo o País. “Acreditamos que a venda da UFN 3 irá beneficiar a todos que necessitam dos fertilizantes, no Brasil inteiro. É um negócio estratégico para o País”, defende.
Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas (ACITL), Fernando Jurado, o novo declínio de venda da UFN 3 por parte da Petrobras é uma notícia frustrante. “Desde 2016, a Associação Comercial e Industrial é protagonista acerca da venda da UFN 3 e a partir de 2018, trabalhamos fortemente para a retomada desta indústria para o nosso município. Ficamos bastante tristes”, reforçou.
A UFN3 teve as obras paralisadas em dezembro de 2014, após a Petrobras romper o contrato com o consórcio responsável pela construção da fábrica que, na época, já havia consumido mais de R$ 3 bilhões.
Em fevereiro deste ano, durante agenda em Três Lagoas, a então ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou a venda da fábrica. “Acabamos de receber a notícia que a Petrobras concluiu a venda da UFN3 para o grupo Acron, da Rússia, e já estamos avançando com o complemento dos entendimentos com o governador Reinaldo Azambuja”, disse.
Retomada, a UFN3 deve contribuir para redução da importação de fertilizantes. Atualmente, em média, cerca de 85% dos fertilizantes usados no Brasil são importados. A meta do governo federal é reduzir a importação do insumo em torno de 60%.
Ainda de acordo com a Petrobras, com o encerramento da operação com o grupo Acron será elaborado um novo processo de venda, cujo lançamento está previsto para o início de junho.
“A Petrobras reforça o seu compromisso com a ampla transparência de seus projetos de desinvestimento e de gestão de seu portfólio e informa que as etapas subsequentes do projeto serão divulgadas de acordo com a Sistemática de Desinvestimentos da companhia”, finaliza a nota.
Assessoria de Comunicação