Nunca uma eleição foi tão comentada e polarizada quanto a de 2022. Grupos de WhatsApp e rodas de amigos o assunto é um só: política
A eleição de 2022 guarda em si tantas singularidades que ficará marcada na história. Além da polarização da disputa presidencial, que se tornou o foco central das eleições, há mudanças na legislação, recordes de financiamento, novas regras para presença feminina e a necessidade de justiça eleitoral se reafirmar confiável.
CAMPANHA CURTA
Entre as características peculiares, está que este ano a campanha eleitoral é a mais curta da história, com apenas 45 dias, ou seja, as propagandas se encerram no dia 1º de outubro. Mas os eleitores, em conversas informais, relatam que já percebem estar há muito tempo sendo bombardeados pelas campanhas.
O que causa essa sensação nos eleitores é que as tratativas políticas, ou seja, as buscas por alianças, discursos estratégicos para atrair aliados ou minar concorrentes, extrapolaram bolha política muito cedo. Dado a importância da eleição de 2022, a mídia dedica uma grande parte dos seus noticiários, como se fosse um diário, narrar o passo a passo daqueles que estão na disputa eleitoral.
INDECISOS
O eleitor já assimilou que deve ir às urnas no próximo domingo, 2, mas ainda há uma parcela que não definiu todos os votos, ou ainda não estão seguros quanto a eles e podem mudar de opinião. E eles agora estão na mira dos candidatos, de A a Z. E essa briga pode esquentar nestes últimos dias de campanha eleitoral.
E por falar nos últimos dias, a disputa entre os candidatos Jair Messias Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estão ainda mais afloradas nesta última semana de campanha. De um lado é possível enxergar que quem disputa a vaga está de olho nos votos dos indecisos e do outro, os eleitores a flor da proliferando várias discussões, brigas e até morte.
BRIGAS E DISCUSSÕES
Além de fazer o brasileiro se importar mais com política, as eleições de 2022 também está fazendo muita gente brigar. Não é difícil ouvir histórias de brigas entre desconhecidos, amigos e até familiares devido à opção política. O clima aflorado traz inclusive a ‘cegueira’ da população que por não aceitar outros posicionamentos políticos acabam caindo em várias fake news.
O tema das fake news e a sua proliferação através de redes sociais vêm fomentando o debate: seriam as redes sociais uma ameaça à democracia? As mentiras e notícias falsas sobre política sempre existiram, o que o fenômeno desta década guarda de diferente é o impulsionamento destas pelas redes sociais dentro de um contexto de pós-verdade e desconfiança das instituições.
Quem nunca se deparou com uma fake news nas redes sociais? Durante a elaboração deste texto, o Perfil News se deparou com várias, em grupos de WhatsApp e em outras redes. Por inocência ou talvez por querer, pessoas têm compartilhado notícias falsas sem checar a fonte da informação ou apenas reproduzindo o que escutam por aí.
FAKE NEWS
Com várias imagens, áudios e textos contendo falsas informações ou apenas relatando um lado da história, as pessoas estão se tornando cada dia mais ‘reféns’ de fake news. As notícias já estão chegando até nos pequenos. A equipe de reportagem teve acesso a um vídeo de crianças na escola comentando sobre política, mas relatando o que ouvem das suas famílias, o que nem sempre é verdade.
Preocupado com o avanço das notícias falsas nas eleições de 2022, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), criou página especial para desmentir fake news.
Há alguns meses, o TSE também lançou um Sistema de Alerta de Desinformação Contra as Eleições. Por meio da ferramenta, cidadãs e cidadãos podem comunicar à Justiça Eleitoral o recebimento de notícias falsas, descontextualizadas ou manipuladas sobre o processo eleitoral brasileiro. Clique aqui e registre a sua denúncia!
