Ao final, é esperado que as federações tenham mais facilidade para elaborar seus planos de implantação do observatório local
O Sistema Fiems poderá contar com um observatório para apoiar indústrias, governos e organizações na tomada de decisões baseadas em dados e inteligência. O pontapé inicial do projeto foi dado nesta terça-feira (27/09) pelo presidente da Fiems, Sérgio Longen.
O líder empresarial recebeu no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande, representantes da CNI (Confederação Nacional da Indústria) e da Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina) para compartilhar experiências de sucesso de observatórios estaduais.
Participaram do encontro o gerente do Observatório Nacional da Indústria, Marcelo Bispo; a coordenadora do Observatório Nacional, Ellen Cruz Felizari; a gerente-executiva do IEL-SC e gerente do observatório de Santa Catarina, Eliza Coral; e a analista de inteligência de negócios da Fiesc, Danielle Biazzi Leal.
No período da manhã, a comitiva foi recepcionada pelos líderes técnicos do projeto na Fiems, Ezequiel Resende e Cláudia Borges, que apresentaram um panorama do projeto do observatório sul-mato-grossense.
À tarde, o grupo reuniu-se por meio de videoconferência com gerentes de observatórios no Ceará e no Paraná.
O presidente da Fiems defendeu a importância de compartilhar casos de sucesso entre as federações estaduais para atender cada vez melhor o empresariado, que tem se mostrado mais exigente. “As áreas técnicas do Sistema Indústria precisam buscar esses casos de sucesso em nível nacional, trazer para a plataforma da CNI e fazer com que cheguem às federações. Nosso cliente é o mesmo: a indústria”, disse Longen.
O chefe de gabinete da presidência da Fiems, Robson Del Casale, destacou que discussões em torno do observatório fazem parte de uma nova visão da federação para o futuro da indústria, que alia desenvolvimento econômico e preservação do meio ambiente.
“Mato Grosso do Sul conta com 70% território do Pantanal, e estamos vivendo um momento de grande apelo à preservação ambiental e a práticas de ESG (ambiental, social e governança). Para nós isso tem um peso maior. Queremos entender qual o melhor modelo, onde a gente se insere nessa discussão e como devemos fazer nossa lição de casa”, afirma.
Esse foi o primeiro de seis encontros, presenciais e remotos, que serão realizados até dezembro. O trabalho de mentoria tem como objetivo apoiar federações que estão iniciando ou querem reestruturar observatórios.
Iniciativa traz dinamismo para a indústria, diz gerente do Observatório Nacional
Em maio deste ano, a CNI lançou o Observatório Nacional da Indústria, que articula esforços entre as federações estaduais e ajuda os industriais brasileiros a manterem a competitividade das empresas por meio da análise de dados. Para Marcelo Bispo, a CNI vê com bons olhos a iniciativa da Fiems em aderir à rede de observatórios da indústria.
“Estamos entusiasmados com isso e entendemos que fortalecer o arranjo local com as federações irá trazer mais dinamismo para o Sistema Indústria, por meio desse espírito colaborativo. Além disso, o importante é buscar sintonia. Transformar ações isoladas em algo mais robusto para o sistema”, pontuou o gerente do Observatório Nacional da Indústria.
Ceará, Paraná e Santa Catarina são os três modelos mais bem-sucedidos de observatórios que estão sendo apresentados pela CNI nas rodadas de mentoria. Eliza Coral detalhou o exemplo catarinense.
“Nosso observatório começou em 2013, quando a federação decidiu implantar o Programa de Desenvolvimento da Indústria Catarinense. Ao longo desses nove anos, nosso observatório vem acompanhando os indicadores da indústria e desenvolvendo estudos de tendência. Evoluímos bastante com nosso modelo de operação, e hoje atendemos indústrias, governos e organizações”, disse a gerente.
Sobre a atuação dos observatórios da indústria
A partir das demandas apresentadas por empresas e governos, a equipe do observatório ajuda a responder perguntas relacionadas à economia industrial.
Empresários que precisam tomar decisões recorrem ao observatório para elaborar estratégias de vendas, conhecer a movimentação dos concorrentes ou as novas tendências tecnológicas que impactam nos negócios.
Governantes buscam a análise de dados para definir prioridades de investimento ou acompanhar a efetividade das políticas públicas já implementadas.