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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Agência Penitenciária triplica projetos de combate à dependência química em presídios de MS em 4 anos

O trabalho sistematizado de enfrentamento à drogadição é uma das ações de promoção social realizadas em estabelecimentos prisionais de Mato Grosso do Sul, com foco no tratamento penal humanizado e combate à reincidência criminal.

Nesse sentido, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) fechou 2022 com 39 grupos ativos voltados ao combate à dependência química, total mais que três vezes superior ao de 2018, quando somavam 11 grupos.  

Os trabalhos são desenvolvidos em parceria com o Narcóticos Anônimos e estão sendo desenvolvidos em 37 presídios do estado.

Coordenados pela Diretoria de Assistência Penitenciária, através da Divisão de Promoção Social, os projetos são executados por psicólogos e assistentes sociais da Agepen e envolvem, principalmente, terapia em grupo, baseada na dialética do “ensinar-aprender”.

São trabalhados os doze passos para a recuperação e a principal meta é superar o hoje, um dia de cada vez.

A iniciativa busca conhecer a experiência de vida de cada um dos envolvidos, analisando a compreensão da forma como eles reagem, os modos como fazem e de que que maneira escolhem as substâncias, no sentido de identificar as principais dificuldades enfrentadas.

Agência Penitenciária triplica projetos de combate à dependência química em presídios de MS em 4 anos

Para essa ampliação no total de grupos ativos, a Agepen também contou com a tecnologia, pois hoje são 16 grupos virtuais, com projeção das palestras e demais orientações e trocas de experiência por meio de projeção ao vivo nos encontros.

De acordo com a chefe da Divisão de Promoção Social da Agepen, Marinês Savoia, dados levantados pelo setor apontam que, atualmente, pelo menos, 1.724 internos participam efetivamente dos grupos terapêuticos realizados nas unidades penais do estado.

“Além do trabalho feito no interior dos estabelecimentos penais, ao conquistarem a liberdade, os assistidos pelos projetos ainda são orientados sobre os locais em que podem continuar o tratamento, seja em reuniões de Narcóticos Anônimos ou em comunidades terapêuticas mais próximas de suas residências”, acrescenta Marinês.

Com foco no aperfeiçoamento constante dos projetos, os profissionais envolvidos passam por capacitações presenciais e on line, seja por meio de ciclo de palestras ou reuniões com membros do N.A, que desenvolvem trabalho voluntário nos estabelecimentos prisionais, com o objetivo de proporcionar um espaço de interação para troca de experiências e conhecimento específico sobre dependência química.

Para 2023, a meta da agência penitenciária é expandir o total de reeducandos atendidos, por meio da conscientização da importância de superação do vício, tendo em vista que a participação nos grupos terapêuticos é voluntária.

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