O número de estupros também é alto em Mato Grosso do Sul. Se somarmos 2021, 2022 e os dois primeiros meses de 2023, o Estado registrou 4.133 casos. Do total, ainda segundo a Sejusp, 178 aconteceram em Três Lagoas
O Dia Internacional da Mulher costuma ser uma data em que as homenageadas são presenteadas com flores. No entanto, a efeméride é sinônimo de uma história de lutas, que demarca a mobilização pela igualdade de direitos e, sobretudo, pelo fim da violência.
Os números não deixam dúvidas de que, apesar da gentileza de quem oferece flores, o Dia 8 de Março é mais de mobilização do que de comemoração. Das inúmeras formas de desequilíbrio na balança entre homens e as mulheres, a da violência é a mais cruel.
VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA
Conforme a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), cinco mulheres foram vítimas de feminicídio em Mato Grosso do Sul só nos dois primeiros meses de 2023. Os números do crime de violência doméstica também são assustadores e em 60 dias deste ano já totaliza 3.412 casos no Estado, sendo 147 deles em Três Lagoas.
Em 2022, Mato Grosso do Sul Registrou 31 vítimas de feminicídio, no ano seguinte, em 2022, o número subiu ainda mais, totalizando 43 mulheres assassinadas por seus companheiros.
Nos anos de 2021 e 2022, as delegacias de Polícia Civil do Estado registraram 38.089 casos de violência doméstica, sendo 1.989 em Três Lagoas.
NÚMEROS PREOCUPANTES
O número de estupros também é alto em Mato Grosso do Sul. Se somarmos 2021, 2022 e os dois primeiros meses de 2023, o Estado registrou 4.133 casos. Do total, ainda segundo a Sejusp, 178 aconteceram em Três Lagoas.
Assim que assumiu o mandato, ainda em janeiro deste ano, o Secretário da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) Antonio Carlos Videira comentou sobre o aumento dos casos de feminicídio em Mato Grosso do Sul e também adiantou sobre as possíveis estratégias que ele deve adotar a frente da pasta com o atual governador Eduardo Riedel (PSDB).
O Secretário que já era chefe da pasta durante o governo de Reinaldo Azambuja (PSDB), disse que uma das estratégias para tentar diminuir o número de mulheres assassinadas é investir no emponderamento feminino.
PREVENÇÃO
“Primeiro a gente tem que emponderar as mulheres para que ela denuncie a violência doméstica. Você raramente tem um caso de feminicídio que não passou por violência doméstica. Quando se amplia o número de delegacias e acessos a essas mulheres, a gente previne crimes. A prevenção passa pelo emponderamento”, disse o secretário.
Fotos capa e interna: Serezniy