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Três Lagoas
quarta-feira, 20 de novembro de 2024

PERIGO NAS REDES: não deixe a vida do seu filho correr risco com ‘cliques’ na internet

Quais os motivos que levam jovens a fugirem de casa? Qual conteúdo seu filho acessa na internet?

Por acaso você sabe com quem seus filhos adolescentes conversam nas redes sociais, quais assuntos eles abordam? Você em algum momento já visitou a página do Facebook, Instagram, Tik Tok para ver quais os conteúdos das postagens que seus filhos seguem e com quem eles interagem?

Pois bem! Principalmente nos dias atuais, essas indagações elencadas no parágrafo acima são fundamentais para que os pais saibam das respostas conversado com os filhos adolescentes.

Com a intensidade da conectividade em que o mundo se encontra atualmente, as crianças se tornaram os alvos fáceis dos criminosos virtuais. Isso porque passam boa parte do tempo online, e muitas delas sem um controle efetivo por parte de seus responsáveis.

INTIMIDADE

PERIGO NAS REDES: não deixe a vida do seu filho correr risco com ‘cliques’ na internet

As redes sociais e os aplicativos são partes integrantes do convívio do seu filho com outras pessoa do mundo virtual. A troca de mensagens, fotos e vídeos é um procedimento natural na internet, criando laços de intimidade, onde com o passar do tempo o ‘amigo virtual’ ganha a confiança dos adolescentes e passa ter um contato mais frequente, inclusive com trocas de imagens que expõem a intimidade dos menores.

A exposição de fotos e vídeos e danças, principalmente no Tik Tok já se tornou uma coisa natural. Basta acessar o aplicativo para constatar tal situação. As notícias divulgadas, quase que diariamente nas grandes mídias mostram essa preocupante realidade, em especial nos grandes centros.    

ALICIAMENTO DE CRIANÇA

E por falar nisso, a ocorrência mais recente e que ganhou a atenção das autoridades envolveu como uma menina de 12 anos, moradora no estado do Rio de Janeiro. Essa criança desde os 10 anos manteve contato com um rapaz de 25 anos, morador na periferia da capital maranhense. 

Em uma ocorrência recente, como se fosse um roteiro de um filme, o rapaz pegou um voo até o estado fluminense e na porta da escola se encontrou com a criança. Ele a levou de veículo de aplicativo para uma viagem de mais de 3 mil quilômetros.

Na casa do aliciador, a menina foi mantida em cárcere privado no Estado do Maranhão. Dúvidas vieram à tona: quais os motivos que levam jovens a fugirem de casa? Quais os cuidados os pais devem ter com o que os filhos consomem nas redes sociais?

EM TRÊS LAGOAS

 O Perfil News sempre recebe pedidos de pais desesperados alegando que seus filhos desapareçam. Vários jovens conseguiram ser localizados em bairros da cidade, com a ajuda da equipe de reportagem, mas a prevenção e prestar atenção nos sinais das crianças e adolescentes são fundamentais para evitar qualquer sofrimento futuro.

PERIGO NAS REDES: não deixe a vida do seu filho correr risco com ‘cliques’ na internet

As vezes, a adolescente marca encontro pela internet, porém no horário programando, por algum motivo ela não consegue sair para o encontro e para compensar, em outra oportunidade as meninas fogem de casa para encontrar alguma pessoa que conheceu na redes sociais. Vários casos como esse acontecem em Três Lagoas e é comum ver nas páginas do Facebook os pais publicarem o desaparecimento das adolescentes. As vezes as autoridades policiais nem ficam sabendo da ocorrência, pelo fato que a “fujona” aparece algum tempo depois.

CONFLITO FAMILIARES

 Entretanto, segundo a psicóloga Fabiola Garcia, os principais motivos dos jovens tentarem uma fuga de casa são os conflitos familiares, a falta de tempo dos pais ou responsáveis (cuidadores) para conhecer seus filhos, trocar experiências e participar da educação deles.

Ainda de acordo com a profissional, na maioria dessas fugas de seus lares, os adolescentes trocam por alguns dias (até serem encontrados) a sua cama, comida, roupas, acessórios e todo o conforto que a família pode proporcionar, para estarem na rua, no frio, dormir em praças e etc.

Não é somente um fato de responsabilidade exclusiva da família pelo desaparecimento. Nestes casos, deve levar também em consideração que na adolescência há uma busca por identidade, a necessidade de participar de grupos, o despertar da sexualidade e muitas questões subjetivas.

SINAIS DE MUDANÇA DE COMPORTAMENTO

A família exerce um papel fundamental na construção do indivíduo, porém muitos sentem um desejo de afastar das figuras parentais. Estar atento a sinais de mudança de comportamento faz com que os cuidadores percebam e até antecipem reações como fugir ou planejar a fuga de casa.

PERIGO NAS REDES: não deixe a vida do seu filho correr risco com ‘cliques’ na internet

A Psicóloga também faz um alerta para os pais analisarem o que os filhos consomem na internet. Quando o adolescente ou a criança passa tempo demais em contato com as redes sociais, há em contrapartida alguém do outro lado que está ganhando esse mesmo tempo com essa criança ou adolescente. Dessa forma se cria um vínculo de confiança com essa pessoa através da internet, fazendo o que os responsáveis não têm tempo pra fazer. Não apenas ao convite de fuga, mas também à troca de material pornográfico, fotos, vídeos e etc.

“Ter um relacionamento mais próximo dos pais e cuidadores com os filhos, ouvi-los, participar de sua educação, ter atenção com quem se envolvem e quais as opiniões expressadas por eles. A fuga ainda é uma incógnita, por isso é interpretada de várias formas. Há pais que consideram a fuga como algo banal, há outros que preocupam com o mínimo extrapolar do horário, outros que acharam bilhete declarando as razões de desaparecer e outros pelo não atendimento do telefone celular. É importante perceber os sinais, ter atenção se o adolescente está saindo e deixando de seguir a rotina da casa. Também é importante alertar nos casos em que está passando tempo em excesso nas redes sociais”, disse.

MENINA DESAPARECE NO RIO DE JANEIRO E VAI PARAR NO MARANHÃO

A garota de 12 anos era procurada desde o dia 6 e foi encontrada nesta terça-feira (14), trancada em uma quitinete. Segundo o portal G1, o suspeito acabou preso e agora é investigado por cárcere privado e estupro, mesmo sem haver confirmação de relação sexual. A legislação considera estupro de vulnerável mesmo quando não há conjunção carnal. O homem não tinha passagens pela polícia.

PERIGO NAS REDES: não deixe a vida do seu filho correr risco com ‘cliques’ na internet

A menina conversava com o criminoso desde quando ela tinha 10 anos. Na semana passada, o bandido foi até o Rio de Janeiro e levou a menina da porta da escola em Sepetiba, na Zona Oeste do Rio, em um carro de viagens por aplicativo até o bairro da Divinéia, na periferia de São Luís.

Ao todo, foram 3,1 mil quilômetros de viagem, em pelo menos dois dias dentro do automóvel, numa corrida que custou R$ 4 mil. A polícia investiga se o suspeito pediu uma corrida por um aplicativo ou se combinou a viagem diretamente com o motorista.

Os pais agora tentam juntar dinheiro para buscá-la, pois a menina é menor de idade e não possui documentação. Até o momento, ela está sob cuidados do Conselho Tutelar na Casa da Mulher Brasileira, um centro de referência no atendimento a mulheres em situação de violência, em São Luís.

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