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quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Após motim, mais de 100 presos são transferidos da penitenciária de Cassilândia

107 presos da penitenciária de Cassilândia estão sendo transferidos para outras unidades do Estado, nesta quinta-feira (23). Ontem (22), um motim realizado pelos detentos causou estrados de parte do presídio da cidade.

Os presos atearam fogo em colchões e quebra-quebra teve duração de sete horas. Segundo o secretário da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), Antônio Carlos Videira, o fato não tem ligação com facções criminosas, e sim, com o furto de dinheiro, cerca de R$ 1.200, de um dos detentos, quando começou a briga que acabou em motim.

“Ladrão roubando ladrão”, disse o secretário ao falar sobre a situação que envolveu dois presos. Videira disse que 50% do presídio não foi danificado e que os trabalhos de limpeza e reforma já começaram, mas não especificou quanto tempo deve durar a obra.

Videira ainda relatou que será usada mão de obra dos presos para reforma do presídio e os detentos que promoveram o motim responderão por dano qualificado ao patrimônio público, tendo, assim, as suas penas majoradas.

Ainda segundo o secretário, o ato de rebelião não tem ligação com facção criminosa. Já sobre a superlotação da unidade, o secretário afirmou que é reflexo da excelência da segurança do Estado. “Quanto mais eficiente na segurança, mais presos, apreensões de drogas vai ter”, afirmou.

O secretário revelou que o ministro Flávio Dino, em conversas com o governador do Estado, Eduardo Riedel, prometeu mais dois presídios para Mato Grosso do Sul, para a ressocialização dos detentos.

Videira ainda falou que o Estado está preparado para ataques como os que vêm ocorrendo no Rio Grande do Norte. “Quem desafiar o Estado ou a lei vai ter resposta a altura”, finalizou o secretário.

O presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária), André Santiago, ressaltou que a intervenção foi feita de forma segura. “Foi feito planejamento, intervenção e extração sem disparar nenhum tiro, de forma técnica e segura”, disse.

O motim

O motim iniciou-se após o almoço e os líderes saíram encapuzados quebrando tudo no solário do bloco C. A cantina e o bloco D também foram destruídos pelos presos, que usaram colchões para atear fogo no presídio.

Por volta das 20h30, a Polícia Militar informou o fim do quebra-quebra. Ninguém ficou ferido. O presídio da cidade possui aproximadamente 220 presos. Será apurada a motivação e quem liderou o motim. A informação é de que houve muita destruição causada pelos detentos e por fogo ateado em alguns locais do presídio.

Viaturas da Força Tática e do Corpo de Bombeiros Militar de Paranaíba e Chapadão do Sul foram os primeiros a chegarem ao local. Segundo a Agepen, o COPE foi instituído há seis anos, e é o primeiro grupamento especializado em intervenções prisionais em situações de crise ou para a realização de “operações pentes-finos” em presídios estaduais, além de ter sido a primeira equipe armada institucionalmente, representando um “divisor de águas”.

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