A Ministra Simone Tebet confirmou que o encontro com o Presidente da Petrobras para discutir a retomada da UFN3(Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III), em Três Lagoas, ficou para junho. A informação foi dada pela emedebista durante uma agenda que aconteceu em Campo Grande, na manhã desta segunda-feira (15).
Tebet ainda anunciou que o Estado terá uma agenda em junho com a Petrobras para discutir a UFN3 e o gás natural. Atualmente, o presidente da Petrobras está em quarentena e só poderá discutir acordos no final de maio.
“Já adiantando que o plano nacional da Petrobras impede o investimento em gás. Se a Petrobras quer terminar a obra, ela tem que mudar o plano. Se não quiser ela tem que licitar e entregar para a iniciativa privada concluir. E uma questão que vai ficar mais clara no segundo semestre”, disse.
A princípio, o encontro estava previsto para acontecer em abril, mas foi adiado. Em março, o deputado federal Vander Loubet (PT) disse que a estatal tinha a intenção de retomar os trabalhos.
PETROBRAS INICIOU OBRA DA UFN3 EM 2011
A construção da UFN3 em Três Lagoas iniciou em 2011 e a obra foi paralisada em dezembro de 2014 com 81% de conclusão, após a Petrobras romper o contrato com o consórcio responsável pela obra. A estatal colocou a UFN3 à venda em setembro de 2017, alegando que não tinha mais interesse em seguir no segmento de fertilizantes.
Em 2022, grupo russo Acron manifestou interesse na compra da fábrica. Negociações foram iniciadas, mas restaram fracassadas no final de abril porque o plano de negócios proposto pelo potencial comprador queria rebaixar a fábrica para uma indústria misturadora de fertilizantes, condição que não teve aprovação do Governo do Estado.
AGENDA DA MINISTRA EM MS
Em agenda nesta segunda-feira (15), em Campo Grande, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, ouviu demandas sobre meio ambiente e infraestrutura, além de revelar que MS pode integrar novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) de Lula (PT).
O governador Eduardo Riedel (PSDB) também pontou outras discussões em pauta. “A Ministra veio ouvir as demandas que o Estado tem em relação a diversos assuntos na área de meio ambiente, infraestrutura, PPPs, na área social. Uma discussão importante que envolve saúde, assistência social e direitos humanos. Uma discussão também é a indígena. Uma relação direta com o governo federal que a ministra está muito atenta”, disse o governador.
Questionada durante coletiva de imprensa sobre quais seriam os projetos em Mato Grosso do Sul, a ministra comentou sobre a saúde.
“Uma das demandas é a saúde, a demanda reprimida dos municípios. Deixamos exames, consultas e cirurgias represadas por conta da pandemia. Esta é uma necessidade. Na infraestrutura estamos aguardando um novo PAC que vai mostrar o que será feito no governo federal com investimento público, o que será parceria pública privada, as chamadas PPS e o que será concessionado”, afirma Simone.
Tebet pontuou sobre a saúde, que muitos projetos já estão orçados e que PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) será lançado após agenda internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Todas as questões dependem do lançamento do PAC que será lançado após a viagem do Lula do Japão. Pode ser três semanas ou em um mês. A coordenação está por conta da casa civil. Muita coisa já está orçada. O orçamento vai ser liberado até o final do ano na questão de infraestrutura e logística outras dependem do anúncio do PPA”, disse Simone.