*Rafael Bueno de Souza
60% de posse de bola, mais de 70% em alguns momentos. 16 finalizações, contra apenas 7. No alvo, 8 a 3. Somente uma grande defesa do goleiro contra ao menos 3 do adversário.
Não era um Manchester City x Southampton, rebaixado na Premier League no último sábado (13). O confronto mais esperado do ano era entre o campeão inglês contra um tal de Real Madrid, maior e atual campeão da Europa.
Os números apresentados acima foram um reflexo do sonoro 4 a 0 aplicado pelo clube inglês sobre o gigante espanhol, que aos 15 minutos do primeiro tempo tinha apenas 13 passes trocados contra mais de 120 do time de Pep Guardiola.
Pep Guardiola, o responsável por apresentar um futebol de altíssimo nível que ainda desconhecemos. Um patamar tão acima da média que faz com que nos assustemos. Um gênio que se reinventa a cada temporada, ou a cada jogo.
Sim, foi encantador. Ainda mais por ser contra o poderoso Real Madrid, o mesmo Real Madrid que tirou o City em questão de segundos em 2022. O mesmo Real Madrid dono de 14 Champions. Isso precisa ser lembrado.
Camisa, história, tradição, jogadores renomados, capacidade de outro genial treinador chamado Carlo Ancelotti. Tudo isso ficou em segundo plano, foi completamente descartado a cada triangulação feita pelo time de Manchester.
Não houve sustos, como planejou Pep. O mesmo Pep que disse que as sequelas da eliminação em Madrid há 1 ano precisavam ser curadas. E foram. Foi um espetáculo, a essência de Pep durante os 90 minutos premiada com uma goleada sobre o maior clube da Europa e talvez, do mundo. O Real Madrid não teve a menor chance contra essa “máquina”, que vêm mostrando o seu poder ano após ano.
(*) Estudante de Publicidade e Jornalismo na AEMS