Doenças infecciosas, como pneumonia e diarreias, chegou a matar em quatro meses um total de 122 pessoas, dentre elas 67 crianças e adolescentes entre 0 a 14 anos na Terra Indígena Yanomami.
Os dados foram divulgados no último dia 22 de maio pelo Ministério da Saúde (MS). Já os idosos representam 30% do número total de mortes.
De acordo com o MS, o crescente número de mortes se deve ao avanço do garimpo ilegal e por isso foi declarada na região emergência de saúde pública.
Desde então, são feitos atendimentos emergenciais em comunidades onde há indígenas doentes.
Do total de óbitos, 43 ocorreram em hospital e outras 78 dentro do próprio território. Um a morte em local não informado.
O MS ressalta que a maioria das vítimas são Auaris, com 30 mortos, seguido de Xitei, com 10, Surucucu, Maturaca, com oito mortos, e cinco em Missão Catrimani. Outras 61 mortes ocorreram em locais não identificados.
A pesquisa aponta ainda que, 54 mortes foram por doenças infecciosas, 24 por causas externas, 16 por desnutrição, 16 por outras causas, 8 óbito neonatal e 4 doenças do aparelho digestivo.
A Terra Indígena Yanomami é o maior território indígena do país, com mais de 10 milhões de hectares. O número corresponde à extensão aproximada do estado de Pernambuco. Atualmente, o Ministério da Saúde estima que 31.007 indígenas estejam no território.
As informações são do G1 Roraima.