A Polícia Militar realiza um curso de capacitação para mais servidores de todo o Mato Grosso do Sul. A ação já aconteceu sem várias cidades e o objetivo é atingir todos os municípios do Estado. O projeto, denominado ‘Promuse’ ajuda mulheres vítimas de violência doméstica.
Segundo a coordenadora do Programa Capitão PM Bruna Carla Sanches Rodrigues, só neste ano, o curso já foi realizado em Costa Rica e agora vai atender as cidades de Jardim, Água Clara e Dourados, além de vários outros polos para oportunizar a capacitação de centenas de servidores dentre policiais militares, policiais civis, além de servidores municipais das secretarias de saúde, educação, serviço social e psicólogas.
EIXOS
“Um dos eixos do Promuse é fazer as fiscalizações e visitas técnicas das mulheres vítimas de violência doméstica e possuem medida protetiva. Fazemos uma seleção de endereços, contatos com as vítimas, visitamos as residências para saber se o autor está ou não cumprindo as medidas cautelares judiciais. Desta forma, ficamos sabendo como está a vida da mulher e se a medida está sendo realmente cumprida”, disse a coordenadora.
Para a capacitação são envolvidos os diversos órgãos da segurança púbica, que palestram sobre os assuntos atinentes a violência doméstica e sobre como garantir a execução da lei Maria da Penha.
“Fazemos um relatório de tudo. Em seguida, passamos a informação para o Ministério Público e para o Judiciário. Também subsidiamos as esferas para poderem ou não fazer a solicitação de prisão preventiva. Se o autor se encontrar na casa da vítima já realizamos a prisão em flagrante por descumprimento de medida protetiva”, explicou Bruna Carla.
A Lei Maria da Penha é esmiuçada para os servidores que atuam como uma rede de apoio às mulheres vulneráveis que foram vítimas de violência domésticas, bem como os efeitos jurídicos da Lei.
“O Promuse tem capacitado os policiais militares de todo o Estado e o programa já está ativo em 18 municípios. A meta é cobrir todo o Mato Grosso do Sul”
Os servidores também aprendem os tipos de violência doméstica e as dificuldades que a mulher enfrenta para conseguir sair deste ciclo violento. Por fim, todos saem comprometidos e conscientes da importância do atendimento acolhedor e humanizado para com essas mulheres que estão fragilizadas.
“Outro objetivo do programa é realizar palestras em empresas, escolas e assim levar conhecimento para mulheres, adolescentes e até mesmo aos homens. Fazemos parcerias com empresas quando a maioria dos funcionários são homens. Estamos aumentando a nossa equipe e aprimorando o nosso trabalho para conseguirmos atender as vítimas. A medida protetiva não é só um papel ela precisa passar segurança para a mulher. Então se a vítima solicitou medidas, ela vai receber contato do Promusse através de uma ligação ou em sua residência”, adiantou a coordenadora.