15.9 C
Três Lagoas
domingo, 21 de julho de 2024

Simone Tebet diz que “governo precisa ser ‘realista’ sobre déficit nas contas públicas em 2024

Em entrevista à GloboNews, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta segunda-feira (12) que não descarta a possibilidade de déficit nas contas públicas em 2024.

Para Tebet, a equipe econômica quer chegar ao seu objetivo, mas o governo precisa ser “realista”.

“Nós sabemos que o ministro (da Fazenda, Fernado) Haddad tem cartas na manga do colete. Eu sei que pelo menos três, que aumentariam receita sem aumentar impostos, são recursos excepcionais pro ano que vem, que é o ano difícil do arcabouço”, disse a ministra.

Segundo ela, “na pior das hipóteses”, o rombo fiscal será dentro de um intervalo “aceitável”, de até 0,25% do PIB, perseguido por intermédio do novo marco fiscal, medida que substituirá o teto de gastos.

A proposta está em discussão no Congresso, que deve votá-la em agosto.

“Nós diminuímos pela metade. Então, passar de 1% negativo para 0%, com essas cartas na manga que se efetivarem, vai ser possível. Na pior das hipóteses, nós não fechamos no núcleo, mas estamos dentro da banda, que é 0,25%, que vai dar menos R$ 25 bi, 30 bi”, disse.

Em 2023, o déficit primário deve ficar em torno de 1% do PIB, próximo dos R$ 100 bilhões. Esse valor projetado ainda está abaixo da meta fiscal para este ano, de déficit primário de R$ 238,0 bilhões (2,2% do PIB).

O déficit ocorre quando as despesas superam as receitas. Estão descontados do cálculo os gastos com o pagamento dos juros da dívida pública. Quando acontece o contrário, há superávit.

Medidas e juros

Simone Tebet concluiu ainda, que a meta só será atingida mediante a aprovação de algumas medidas econômicas no Congresso e a redução da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central (BC).

Atualmente, a Selic está atualmente em 13,75%. E há expectativa de corte no segundo semestre de 2023.

“Do contrário, nós temos que ser realistas. É óbvio que alguns fatores precisam estar presentes. O (voto de qualidade no) Carf precisa ser aprovado, a reforma tributária tem que estar aí – não porque ela opera na eficácia, mas porque ela já tem ganho na expectativa. Os juros, cada 1% dos juros que cai, é menos recurso que nós comprometemos com o serviço da dívida”, concluiu.

Leia também

Últimas

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.