A Câmara Municipal de Três Lagoas promoveu audiência pública, na noite desta quarta-feira (12), com o tema “Cultura: um direito de todos – Como fortalecer o setor no município”, com palestras do vereador de Campo Grande, Ronilço Guerreiro, do gerente de difusão da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Márcio Veiga, e da coordenadora de Comunicação da fundação, Ana Paula Ostapenko.
Ronilço Guerreiro é vereador em Campo Grande, presidente da Comissão Permanente de Cultura daquele Legislativo, promotor cultural e autor de projetos de leitura reconhecidos nacionalmente, como a Gibiteca, estantes nos terminais, Gibicicleta, Vanteca, Freguesia do Livro, entre outros. Também é psicólogo, com atuação em coaching, e palestrante sobre qualidade de vida e motivação pessoal.
Ele relatou sobre seus projetos de leitura, como incentivo para que os presentes também proponham e busquem meios para executar ações culturais. Ele recomendou que os fazedores de cultura criem pontos de cultura, de acordo com a vocação da cidade.
Ao citar o exemplo da gibiteca montada em Campo Grande, ressaltou que é possível buscar parceiros na iniciativa privada e no poder público para consolidar as ideias. “Temos que agir sem medo, ser ousados e ter esperança”, afirmou.
Sobre a questão pública, também falou sobre a importância de se discutir, criar e implementar um plano municipal de cultura em Três Lagoas e de a administração pública fomentar o fundo municipal. Também lembrou da necessidade de se negociar a destinação de recursos por meio das leis orçamentárias.
A coordenadora de Comunicação da Fundação de Cultura, Ana Paula Ostapenko, trouxe o assunto da Lei Paulo Gustavo, cuja aplicação está em andamento no estado e nos municípios, lembrando que, além de planejar e executar os projetos culturais, é importante que seja feita uma boa comunicação para que os mesmos alcancem a população.
Márcio Veiga, gerente de difusão da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, relatou os projetos estaduais de fomento à cultura e incentivou a todos para participarem dos editais para receber recursos por meio da Lei Paulo Gustavo, assim como dos editais publicados no estado. Ele ainda defendeu que o setor demanda uma gestão horizontal, ou seja, que gestores públicos e sociedade trabalhem juntos.
A audiência foi proposta pelo vereador Professor Negu Breno, com objetivo de fornecer informações e mecanismos necessários para fortalecer o sistema de cultura municipal. Breno deixou claro que sua proposta, com a audiência, foi ouvir os anseios da classe e da sociedade civil organizada.
O conselheiro municipal de cultura, Ricardo Lima, fez fala pontuando dificuldades que os fazedores de cultura encontram junto à administração local e reivindicou, em nome dos presentes, que seja criada uma secretaria municipal própria para a cultura, assim como seja desenvolvida uma política pública destinada ao setor e instituída destinação de recursos municipais para fomento aos projetos.
Israel Zayed, conselheiro estadual de Cultura, também defendeu a horizontalidade no processo de criação de políticas públicas e fomento ao setor.
Além dos palestrantes, participaram da mesa de autoridade o major Rogeliano, representando o comando do 2º Batalhão de Polícia Militar, o diretor de Cultura do município, Herikesen Plesley, e o conselheiro estadual de Cultura, Israel Zayed.
Na abertura da audiência, o Coral Renascer, ligado à Diretoria Municipal de Cultura, fez a apresentação de três números musicais.
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