Com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de tornar Jair Bolsonaro inelegível pelos próximos 8 anos, a direita já articula fortalecer um nome que possa substituir o ex-presidente nas urnas em 2026.
No entanto, Bolsonaro tem evitado declarar quem terá o seu apoio nas próximas eleições presidenciais.
O que para Bolsonaro “não é justo alguém já querer dividir o meu espólio”. “Eu estou na UTI, eu não morri ainda”, disse o ex-presidente em entrevista à Jovem Pan após a decisão do TSE.
Apesar disso, o ex-presidente tem citado nomes como lideranças positivas, como exemplos, a do governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).
Mas, um levantamento realizado com parlamentares do Congresso Nacional mostra que o governador Tarcísio é apontado como o principal líder da ala conservadora do país.
Mais da metade dos deputados consultados e 30% dos senadores veem em Tarcísio o principal nome para concorrer à presidência nas eleições de 2026.
O levantamento foi realizado pelo Ranking dos Políticos.
Entre parlamentares de direita, centro e esquerda, foram entrevistados 102 deputados federais, representando 21 partidos distintos, e 21 senadores, pertencentes a 13 partidos diferentes.
Além de Tarcísio, os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) aparecem entre os favoritos entre deputados e senadores.
Já a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, também recebeu destaque no levantamento, inclusive do filho de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro, de acordo com os membros do Congresso Nacional.
Apesar da possibilidade de ficar de fora das próximas eleições enquanto candidato, o papel de Bolsonaro ainda terá grande relevância. A avaliação é que o ex-presidente deve comandar o processo de escolha do seu sucessor na direita brasileira.
OS NÚMEROS
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas é o nome apontado por 51% dos deputados e 30% dos senadores entrevistados como o que mais teria condições de ser o sucessor da direita.
Embora Zema tenha afirmado recentemente que prefere “apoiar do que ser apoiado”, seu nome tem crescido, especialmente nas redes sociais, após o embate de Tarcísio com o PL sobre a reforma tributária.
As habilidades políticas de Michelle Bolsonaro são consideradas baixas por 65% dos deputados e 31,6% dos senadores. Na Câmara, a avaliação positiva é de apenas 11,8%, enquanto no Senado é maior, atingindo 21,1%.