A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou nesta última segunda-feira (17) ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que pedisse das empresas de redes sociais, as quais Jair Bolsonaro tem conta, que elas enviassem um arquivo com a lista completa e os dados de identificação de todos os seguidores do ex-presidente.
O ex-chefe do Executivo tem contas no Instagram, TikTok, Facebook, YouTube, Twitter e LinkedIn.
A finalidade do subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, responsável na PGR, é apurar se houve envolvimento de crimes por parte de Bolsonaro, dois dias depois do 8 de Janeiro, ao postar um vídeo, posteriormente apagado, sobre o sistema eleitoral.
Vale lembrar, que em 8 de janeiro de 2023, um grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiu e depredou as sedes dos três Poderes, em Brasília. Depois do ocorrido, foi criada a CPI do 8 de janeiro, para investigar os ataques golpistas. Na época, prédios foram invadidos e depredados, em cenas de ódio e comemoração dos eleitores que não aceitavam o resultado das urnas em que Lula foi eleito.
Na solicitação da PGR também pediu que Alexandre de Moraes reitere a cobrança à Meta para que seja enviada uma cópia do vídeo.
Ele também quer que as empresas informem a quantidade de visualizações, curtidas, compartilhamentos,postagens, comentários e demais ações nas redes sociais.
Outra solicitação, é que Moraes solicite todas as postagens de Bolsonaro sobre as eleições, urnas, TSE, STF e Forças Armadas.
No pedido, o PGR ainda reforçou ser contra dois pedidos que haviam sido feitos por procuradores do MPF, que queriam que fossem ouvidos especialistas em comunicação política de “movimentos extremistas” e no monitoramento de grupos de apoiadores de Bolsonaro.
De acordo com o subprocurador-geral, Carlos Frederico Santos, há “extrema dificuldade” em identificar um especialista em monitoramento de grupos de apoiadores de Jair Bolsonaro que execute “um trabalho isento, sem qualquer viés ideológico ou partidário”.
