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quinta-feira, 28 de novembro de 2024

19 onças-pintadas morrem atropeladas na BR-262, que ‘corta’ o Pantanal, diz estudo

Um levantamento realizado pelo Programa Felinos Pantaneiros, do IHP (Instituto Homem Pantaneiro) apontou que, em sete anos, 19 onças pintadas morreram na BR-262, no trecho entre Corumbá e Miranda, em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o levantamento, só neste ano de 2023, três delas já perderam a vida vítimas de atropelamentos na região.

Ou seja, segundo o Instituto, a cada ano, o número foi só aumentando. E para aliviar o problema, a rodovia será cercada em 18 trechos e terá sete metros de desmate de cada lado.

Ao Jornal Midiamax o Instituto explicou que as chuvas mais constantes e aumento de áreas alagadas tendem a gerar maior movimentação de animais silvestres nesta rodovia, que corta o meio do Pantanal sul-mato-grossense.

Em fevereiro deste ano, moradores da região também solicitaram parcerias e tanto o IHP como a PMA (Polícia Militar Ambiental) e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) reforçaram ações educativas com motoristas, nos trechos considerados mais críticos.

Caminhoneiros em alerta

De acordo com o médico veterinário do IHP, Geovani Tonolli, mais de 500 caminhões transitam por dia na região.

“Nós conversamos com os caminhoneiros e também explicamos curiosidades sobre o comportamento das onças-pintadas e de outros animais, ressaltando os prejuízos que podem ocorrer no bioma com os atropelamentos e os danos ao Pantanal”, afirmou

Segundo Tonolli, a intenção é mostrar para os caminhoneiros como o farol contribui para cegar os animais e, ao invés de espantá-los da rodovia, deixam eles imóveis.

Também foram apontados trechos com maior preocupação, áreas com registro de mata e que pode ter maior incidência de animais atravessando a pista, ainda de acordo com o médico veterinário.

Câmeras trap foram instaladas em pontes

Além da sensibilização dos caminhoneiros, o IHP também afirmou instalar “armadilhas fotográficas” em pontes de vazante entre Corumbá e Miranda.

O recurso servirá para um estudo, ainda em fase de coleta de dados, que deve identificar se as pontes de vazantes podem ser usadas como passagem da fauna silvestre.

Ao todo, existem cerca de 60 pontes na rodovia e que podem servir de corredor para a fauna utilizar em detrimento da pista de rodagem. Com isto, os estudos devem ser realizados para averiguar a viabilidade desse sistema.

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