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quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Servidores reclamam de convênio precário e deputados propõem CPI para investigar déficit milionário da Cassems

Após ajuste nos valores dos convênios, servidores estaduais se reuniram na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) na manhã desta quinta-feira (3) para protestar contra o aumento da tarifa do plano da Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul. Aos gritos de ‘CPI’ o povo também pediu a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para ser investigado um déficit de R$ 17 milhões na Cassems.

Em meio às movimentações, servidores reclamam que valores são desproporcionais aos serviços prestados pelo convênio de saúde por ser considerado precário. Os servidores alegam que o reajuste dos valores é desproporcional ao salário recebido.

MUDANÇAS

Toda a movimentação dos servidores começou depois que a Cassems realizou assembleia na última quinta-feira (27). Ocasião contou com 700 servidores que votaram pelas mudanças no plano de saúde. Porém, uma das alegações dos manifestantes é que a quantidade de pessoas presentes no dia não representaria nem 1% do total porque são 87 mil titulares.

Os servidores querem anular medidas que encareceram a mensalidade, como a contribuição fixa de R$ 45, limitada a R$ 180 por família, sobre tratamentos odontológicos e de outras terapias em que seja necessário o uso de materiais de OPME (Órtese, Prótese e Materiais Especiais).

Presidente da Cassems, Ricardo Ayache esteve reunido na manhã desta quinta-feira (3) com os deputados estaduais na presidência da Alems e negou déficit de R$ 17 milhões na empresa, que atua como plano de saúde dos servidores públicos estaduais.

DESPESAS ASSISTENCIAIS

Ao deixar a reunião, que teve mais de duas horas de duração, Ayache disse que foi registrada uma carga enorme na saúde, com aumento nas despesas assistenciais. “Na reunião de hoje tiramos qualquer mal-entendido. E podemos caminhar para essa comissão propostas para aprofundar esse debate”.

Servidores reclamam de convênio precário e deputados propõem CPI para investigar déficit milionário da Cassems

O deputado estadual Rafael Tavares (PRTB) reafirmou nesta após reunião do presidente da Cassems na Assembleia Legislativa que não vai retirar o pedido de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra a Caixa para investigar as denúncias dos servidores.

O parlamentar insistiu que todos os gastos da empresa nos últimos dez anos precisam ser públicos. “Tem que pegar pesado na investigação”, disse, sob apoio dos servidores que acompanhavam a sessão.

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Servidores reclamam de convênio precário e deputados propõem CPI para investigar déficit milionário da Cassems

João Henrique Catan (PL), que apoia a CPI, afirmou que as notas fiscais e produtos contratuais também precisam ser investigados. “Nos últimos quatro anos, o hospital gastou R$ 9 milhões com publicidade. Não fosse esse valor, o déficit seria menor. Uma das premissas da Cassems é que não deve gerar lucro, porque é uma prestação de serviço. Apesar de não gratuita, é realizada pelo que é descontado em folha”, apontou.

O deputado questionou ainda a legalidade da Assembleia da Cassems. “Mais de 50 mil servidores são atendidos pela Caixa e só 700 comparecem à Assembleia. Isso não representa toda a categoria”.

REUNIÃO

Até esta quarta-feira (2), Tavares disse já ter quatro assinaturas para abrir a CPI contra a Cassems. O parlamentar também aposta que mais deputados devem aderir após reunião do presidente Ricardo Ayache com o presidente da Alems (Assembleia Legislativa de MS), Gerson Claro (PP), que aconteceu nesta quinta.

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Das oito assinaturas necessárias para o pedido de abertura, Tavares diz já ter quatro: dele, de João Henrique Catan (PL), de Lídio Lopes (Patriota) e de outro parlamentar, que teria pedido para ainda não ter o nome revelado.

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