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quinta-feira, 18 de julho de 2024

Balanço aponta oferta de mais de 200 testes rápidos em prevenção à leishmaniose em Bataguassu

Na Semana Estadual de Controle da Doença, Saúde alerta para a importância da prevenção

Na Semana Estadual de Prevenção e Controle da Leishmaniose Visceral, celebrada de 1º a 10 de agosto, a Prefeitura de Bataguassu, através da Secretaria Municipal de Saúde, por meio do setor de Vigilância Epidemiológica apresentou um balanço de testes rápidos oferecidos na sede do município e no Distrito de Nova Porto XV em prevenção à doença. 

Conforme o balanço do setor, foram realizados de janeiro até a primeira semana do mês de agosto, 202 testes rápidos em cães. Do total, 109 exames apresentaram reagentes e 93 não reagentes.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Helder Augusto Lopes Pereira Lousa Júnior, os testes oferecidos pelo município são feitos mediante a coleta de amostras de sangue dos cães e explicou que se apresentado reagente, um novo teste é realizado no animal e encaminhado ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) para a confirmação do diagnóstico, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde.

“Infelizmente, a leishmaniose é letal e não tem cura. Apesar de tratamentos atualmente oferecidos por clínicas veterinárias particulares para manter o animal contaminado com qualidade de vida, ele não é 100% eficaz, já que o cão faz o papel de reservatório e continuará infectando o mosquito vetor (mosquito palha). Cabe ao tutor em conversa com o veterinário tomar ou não a decisão de proceder a eutanásia nos cães infectados identificados através de teste sorológico”, avalia. 

O secretário lembra ainda que este ano, em Bataguassu, um caso de leishmaniose humana foi registrado, levando o paciente a óbito.

“Desta forma, a Secretaria Municipal de Saúde realiza esse trabalho de oferta de testes além de prestar orientações para que os munícipes possam estar atentas em possíveis sintomas e sobre as melhores formas de evitar a contaminação, pois acreditamos que a prevenção ainda é a melhor opção”.

“A população precisa colaborar com medidas de controle do vetor da leishmaniose, o mosquito palha. Recolha as fezes dos animais diariamente, mantenha o quintal limpo, faça podas em árvores frequentemente, recolha as folhas e coloque em sacos de lixo, evite galinheiros em casa. O mosquito palha gosta de ambientes úmidos, sombreados e com matéria orgânica. Proteja o seu cão com coleiras inseticidas ou spray repelente. A leishmaniose é uma zoonose grave, faça sua parte”, concluiu o secretário.

Saiba mais

O que é leishmaniose?

A leishmaniose é causada por parasitas do gênero Leishmania. A doença não é contagiosa nem se transmite diretamente de uma pessoa para outra, nem de um animal para outro, nem dos animais para as pessoas. A transmissão do parasita ocorre apenas através da picada do mosquito fêmea infectado e comete vários órgãos internos, principalmente fígado, baço e medula óssea.

Ciclo de transmissão

A transmissão da doença ocorre pela picada de insetos vetores, os flebotomíneos, conhecidos como “mosquito-palha ou cangalhinha”.

O mosquito se contamina com o sangue de pessoas e animais doentes e transmite o parasita a pessoas e animais saudáveis.

Sintomas da Leishmaniose Visceral

Animais: No cão, principal reservatório e fonte de infecção no meio urbano, a doença caracteriza-se por febre irregular, apatia, fraqueza, crescimento das unhas, queda de pelos, emagrecimento progressivo, descamação e úlceras na pele (especialmente no focinho e nas orelhas), conjuntivite, paralisia das patas traseiras e fezes sanguinolentas.

Humanos: Perda de peso; fraqueza; anemia; aumento do fígado e baço; sangramentos em casos mais graves.

Prevenção

Mantenha a casa e o quintal sempre limpos, livres de materiais orgânicos e resíduos de alimento (fezes dos animais, folhas, frutos, restos de alimentos e outros);

É recomendado manter as áreas ao redor da residências e os abrigos de animais de estimação, além de realizar podas de árvores para não se criar ambientes sombreados;

Use produtos repelentes de insetos nos ambientes;

Evite construções de casas e acampamentos em áreas rurais muito próximas à mata. Quem vive ou trabalha nesse tipo de terreno deve fazer uso de manga longa e calças evitando qualquer tipo de contato com o mosquito vetor;

Também é recomendado o uso de mosquiteiros e telas em portas e janelas. Nos animais é indicado o uso de coleira repelente.

Assecom Prefeitura de Bataguassu

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