O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou as condições de trabalho dos entregadores de aplicativos, os motoboys, nesta quarta-feira (20). As falas de Lula foram proferidas durante uma coletiva de imprensa após reunião com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em que ambos assinaram um pacto em prol do “trabalho digno”.
“É inadmissível que trabalhadores que se dedicam a transportar alimentos e outros itens para a população vivam em condições precárias, sem direito a férias, seguro-desemprego e outros benefícios trabalhistas”, disse Lula.
O petista também defendeu o fortalecimento dos sindicatos, que, segundo ele, são fundamentais para a defesa dos direitos dos trabalhadores. “Sindicato fraco não ajuda ninguém. Sindicato forte é que garante direitos e dignidade para os trabalhadores”, afirmou.
Na saída do encontro e em conversa com jornalistas, Lula voltou a criticar as plataformas que empregam milhões de trabalhadores. Ele classificou a atividade profissional (que é livre para quem quiser aderir) de “trabalho escravo” e disse que alguns motoboys precisam usar “fraldão”.
Biden, por sua vez, destacou a importância da parceria entre os dois países para promover o “trabalho decente” no mundo. “Estamos comprometidos em garantir que todos os trabalhadores tenham oportunidades iguais de prosperar”, disse o presidente americano.
A “Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores” tem como diretrizes principais a proteção dos direitos trabalhistas, a promoção do trabalho digno nos empreendimentos públicos e privados, o combate à discriminação no local de trabalho, uma abordagem centrada dos trabalhadores na transição para energia limpa e o uso da tecnologia e da transição digital em prol do trabalho decente.
De acordo com o site Direita Online, a parceria foi anunciada em um momento em que o mundo enfrenta uma série de desafios relacionados ao trabalho, como o aumento da informalidade, a precarização das condições de trabalho e a discriminação.
