O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul atua no controle e extinção de mais um incêndio florestal no Pantanal, desta vez na região do Paiaguás.
No sábado (30), o foco foi identificado em uma propriedade rural. Sem estradas de acesso, foi confirmada a inviabilidade do acesso terrestre das equipes para realizar o combate – caso saíssem de Corumbá, as equipes poderiam demorar 24h para chegar ao local.
Por isso o Grupamento de Operações Aéreas do CBMMS foi acionado na manhã de ontem (9), quando houve deslocamento dos militares até a região onde ocorre o incêndio florestal.
A equipe formada por quatro militares especialistas em combate a incêndios florestais e equipamentos seguiram até Corumbá e em seguida até a região do Paiaguás, onde as chamas foram identificadas.
Além desse foco na Região do Paiaguás, outras duas guarnições de Bombeiros Militares que estavam sediadas em Corumbá foram acionadas no sábado (30) para combater incêndio florestal as margens da rodovia BR-262 nas proximidades do distrito de Albuquerque, localizado a aproximadamente 30km de Corumbá.
Na manhã desta segunda-feira (2) houve a troca das guarnições de combate a incêndio florestal e com isso militares que estavam na região do Pantanal retornaram à Campo Grande para realizar a passagem de serviço a outras equipes que ficarão de prontidão em Coxim, Aquidauana e Corumbá. A ação faz parte das atividades da Operação Pantanal 2023.
Fotos: CPA/CBMMS
Ações de combate
Na sexta-feira (29), após seis dias de combate, o Corpo de Bombeiros controlou os incêndios florestais em três áreas diferentes do Pantanal. Em meio a condições atmosféricas e climáticas extremas, o trabalho de extinção foi realizado por terra e ar, com apoio da aeronave ‘air tractor’ – que transporta até 3 mil litros de água para áreas de difícil acesso. Ao longo da semana, algumas regiões do Estado, inclusive no Pantanal, onde os termômetros chegaram a marcar 42,9°C.
Além das altas temperaturas, os bombeiros em ação no controle das chamas também enfrentaram ventos fortes e baixa umidade relativa do ar. Todo este cenário contribuiu para a rápida propagação do fogo, além de reignição e ainda prejudicou os combatentes. Porém, o trabalho coordenado das equipes por terra e ar, além dos reforços de equipes da região pantaneira, garantiu a extinção das chamas na região do Rio Negro, Paiaguás (em um ponto diferente do incêndio identificado no fim de semana) e próximo a Corumbá.
Em pouco mais de dois meses em alerta – período que teve início no dia 17 de julho –, o Corpo de Bombeiros Militar já atuou em sete grandes incêndios florestais no Estado, seis deles em diferentes regiões do Pantanal e um em Bonito – que foi extinto na sexta-feira (22), após cinco dias de combate.
O CPA (Centro de Proteção Ambiental) do Corpo de Bombeiros funciona em Campo Grande e é o responsável por monitorar os focos e direcionar as guarnições para os pontos mais sensíveis em que há necessidade de atuação dos bombeiros. O monitoramento é feito pelo Sistema de Comando do Incidente em Campo Grande, com imagens de satélite que são analisadas 24h por dia. Assim é possível fazer o acompanhamento em caso de aparecimento e evolução dos focos de calor.
Natalia Yahn, Comunicação Governo de MS