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quarta-feira, 9 de outubro de 2024

PF investiga ligação entre PCC e Hezbollah; Mato Grosso do Sul também está no radar das investigações

A Polícia Federal no Rio de Janeiro investiga uma possível ligação entre o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o Hezbollah, grupo terrorista libanês.

As investigações, que também estão no radar do Mato Grosso do Sul, indicam que as duas organizações criminosas atuam juntas para fortalecer o domínio do tráfico de drogas na tríplice fronteira: Argentina, Brasil e Paraguai.

De acordo com o site Midiamax, Elton Leonel Rumich da Silva, conhecido como o “Galã do PCC”, é um dos principais nomes apontados nas investigações. Ele foi preso na capital carioca, em 2018, com documentos que indicavam a ligação entre a facção e o grupo terrorista.

“As investigações indicam que o PCC e o Hezbollah atuam juntos para fortalecer o domínio do tráfico de drogas na tríplice fronteira”, disse o delegado da PF, Rodrigo Torres. “O Hezbollah fornece armas e treinamento para o PCC, enquanto o PCC fornece drogas e dinheiro para o Hezbollah.”

A atuação do Hezbollah no Brasil preocupa os Estados Unidos. Em outubro, a general Laura Richardson, comandante das Forças Armadas dos EUA na América Central e do Sul, afirmou que o grupo representa uma ameaça à segurança da região.

“O Hezbollah é uma organização terrorista que representa uma ameaça à segurança de todos nós”, disse Richardson. “Eles estão ativos na América Latina e estão tentando recrutar brasileiros para realizar atos extremistas no país.”

Na quarta-feira (8), a Polícia Federal deflagrou a operação Trapiche com o objetivo de interromper atos preparatórios de terrorismo que seriam realizados a mando do Hezbollah. Durante a operação, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e 11 mandados de busca e apreensão, nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal.

“A operação Trapiche foi um sucesso”, disse Torres. “Conseguimos interromper os planos do Hezbollah de realizar atos terroristas no Brasil.”

Quem é o ‘Galã do PCC’?

Elton, vulgo ‘Galã do PCC’, foi denunciado pela abertura de uma empresa de fachada com sede em Ponta Porã, com objetivo de lavar dinheiro.

Na época, com a Construtora JB Progresso, cinco denunciados, sob o comando de Galã, adquiriam imóveis e veículos a fim de ocultar e dissimular a procedência ilícita e a real propriedade dos bens.

Com isso, as investigações comprovaram compra, venda e simulações de transferências de imóveis localizados em Ponta Porã, Diadema (SP), Santos (SP) e Presidente Prudente (SP) em nome de laranjas ou da empresa de fachada. As transações totalizaram 43 atos de lavagem de dinheiro entre 2013 e 2019.

‘Galã’ também é acusado de ter participado da morte do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani. Segundo informações, com a morte de Rafaat, o objetivo era assumir os negócios com o fornecimento de drogas na fronteira do Brasil com o Paraguai.

Em 2020 uma nova guerra pelo controle do tráfico de drogas foi marcada por uma série de assassinatos na fronteira entre Ponta Porã, cidade localizada no sul de Mato Grosso do Sul e Pedro Juan Caballero no Paraguai.

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