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sábado, 18 de janeiro de 2025

PRESO POR 8 DE JANEIRO: Morte de Cleriston Perfeito da Cunha em presídio da Papuda gera revolta na internet; de quem é a culpa?

Após a morte na manhã de segunda-feira (20 ) de Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos, preso em Brasília pelos atos de 8 de janeiro no presídio da Papuda, as redes sociais foram abaixo pedindo responsabilidade do Ministro Alexandre de Moraes pelo crime.

O Colunista da Revista Oeste e comentarista do programa Oeste Sem Filtro,
Augustos Nunes, foi um deles. Em seu programa no dia de ontem e em uma fala de mais de três minutos, o apresentador, revoltado, pediu justiça e responsabilizou Alexandre de Moraes pela morte.

“A imprensa tem que cobrar agora, com todas as letras.O Ministro Alexandre de Moraes tem que se manifestar imediatamente. Ele age fora da lei. E agora ouve uma morte que o estado terá de assumir. Essa morte é culpa do estado brasileiro, como foi a dos Vladimir Herzog, como foi a do Manuel Filho. O Supremo decidiu que ninguém será considerado culpado antes do trânsito em julgado da sentença penal condenatória. Onde é que está essa sentença?A constituição decidiu que o Supremo só pode julgar os que tem foro especial. Essa multidão que está presa está presa, está presa arbitrariamente. É hora do Congresso agora agir antes que ele seja também responsabilizado. A anistia, quem mais deveria defender nesse momento é o Supremo, porque é uma instituição em frangalhos com essa primeira morte. Está tudo previsto aqui. Ele era um homem doente, precisava de tratamento. Ele teve alguma responsabilidade no que aconteceu, quanto a depredações, que se provasse. Ele morreu sem julgamento e outros esperam julgamento que não virá, porque não há tempo. E outros usam tornozeleira eletrônica, é punição. E punião só pode existir depois do julgamento. Então é hora de o povo mostrasse indignação, tá. Tem um nome agora e o que vem fazendo o Supremo, é Cleriston Pereira da Cunha. É uma vida que se perdeu apesar dos avisos. Não é possível continuar tolerando uma instituição que age com perversidade, que persegue pessoas. O Roberto Jefferson é uma vítima anunciada também. E isso não causa nenhum tipo de emoção no Supremo. E continuo presente do Supremo dizendo que o papel da instituição é crescentemente político, não é. O papel deles é interpretar dúvidas eventuais, envolvendo a constituição, e sobretudo, garantir a segurança jurídica, que já não há. De novo, o Supremo deve solicitar a anistia. Deve ser a favor do projeto de anistia, Porque ele a partir de agora, deve ser explicado, e não há explicações a dar. O Supremo foi longe demais. Deve ser detido agora e o Congresso tem todos os meios para detê-lo, Não pode haver uma segunda vítima. Ouve no caso do governo Geisel. E a segunda vítima provocou a queda do ministro do Exército. Ele foi responsabilizado. Eram os radicais agindo contra a democracia. Quem é o radical do momento? o Supremo Tribunal Federal. É o maior inimigo da democracia e tem que ser detido, enquanto é tempo”

Quem era Cleriston?

De acordo com a CNN Brasil, Cleriston deixa a companheira e duas filhas. Era residente do Distrito Federal.

Segundo a administração da unidade prisional, ele teve um “mal súbito” durante o banho de sol.

A juíza Leila Cury, responsável pela Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, informou a morte ao ministro Alexandre de Moraes.

O magistrado é o relator no Supremo Tribunal Federal (STF) das ações decorrentes dos atos de 8 de janeiro.

A juíza Leila Cury, responsável pela Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, informou a morte ao ministro Alexandre de Moraes.

O magistrado é o relator no Supremo Tribunal Federal (STF) das ações decorrentes dos atos de 8 de janeiro.

Cleriston da Cunha era réu no STF acusado de invadir o Senado. Ele ainda não tinha sido julgado. Na Corte, respondia pelos crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.

Pedido de liberdade

A defesa de Cleriston da Cunha havia pedido ao STF em agosto a liberdade provisória dele. O advogado Bruno Azevedo De Sousa, que assinou o pedido, disse no documento que o preso “possui a sua saúde debilitada em razão da Covid-19, que lhe deixou sequelas gravíssimas, especificamente quanto ao sistema cardíaco”.

A Procuradoria-geral da República (PGR) se manifestou em 1º de setembro de forma favorável ao pedido de liberdade provisória do preso, com a adoção de medidas como uso de tornozeleira eletrônica. Não houve decisão de Moraes sobre o pedido.

A CNN procurou o ministro, por intermédio da assessoria de comunicação do STF, sobre a razão de não haver uma decisão. A resposta recebida é de que ele não vai se manifestar.

Nesta segunda-feira (20), depois de notificado da morte de Cunha, Moraes determinou que a direção do presídio preste “informações detalhadas sobre o fato, inclusive com cópia do prontuário médico e relatório médico dos atendimentos recebidos pelo interno durante a custódia”.

Socorro

Segundo Cury, o preso passou mal por volta das 10h. O Samu e o Corpo de Bombeiros foram acionados. As equipes chegaram cerca de 18 minutos depois e deram “continuidade ao protocolo de reanimação cardiorrespiratória, sem êxito”.

“O óbito foi declarado às 10h58. O falecido estava preso exclusivamente em razão da conversão de sua prisão em flagrante em prisão preventiva, nos autos da PET 4879 – STF, recebia visitas regulares da companheira e duas filhas e residia no Distrito Federal”, afirmou a juíza.

Cury também disse que ele recebia “regular atendimento médico”.

A morte foi comunicada à família de Cunha, ao Ministério Público e à Defensoria Pública.

O diretor da unidade prisional, Tiago Felix de Sousa, informou à Justiça que a equipe de saúde do presídio foi acionada “de imediato” depois do mal súbito, e que em “instantes ingressou no bloco, dando início aos protocolos de ressuscitação cardiopulmonar”.

A Procuradoria-geral da República (PGR) havia se manifestado em 1º de setembro de forma favorável ao pedido de liberdade provisória do preso, feito pela defesa, com a adoção de medidas como uso de tornozeleira eletrônica.

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