A Controladoria-Geral da União (CGU) recebeu 1.412 denúncias, reclamações e comunicações de corrupção no governo federal em 2023, sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), até a última quarta-feira (13)
O número representa alta de 31,7% em relação ao ano passado, mas redução quando comparado a 2020, em que foram registradas 1.918 suspeitas de corrupção.
Segundo divulgado pelo site Metrópoles, o Ministério da Saúde, comandado por Nísia Trindade, é o órgão com mais registros de denúncias de corrupção neste ano, com 140 manifestações.
Em segundo lugar está a Advocacia-Geral da União (AGU), com 118, e em terceiro o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), com 84.
Impacto da pandemia
Dados de 2019 a 2023 dão conta que o primeiro ano da pandemia da Covid-19, em 2020, foi o que mais teve registro de denúncias de corrupção no governo federal.
Naquele ano, a própria CGU, responsável por receber as denúncias, foi o órgão com mais manifestações, com 265.
Em segundo lugar ficou o Ministério da Justiça, com 220, seguido pelo Banco Central, com 215. O Ministério da Saúde apareceu na quarta posição, com 190.
O ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, e o diretor-geral da PF, Andrei Passos, assinaram a criação do Grupo Integrado CGU-PF de Enfrentamento aos Crimes de Corrupção e Desvio de Recursos Públicos, do Executivo federal.
“Quanto maior for nossa capacidade de descobrir ilícitos, menores serão os incentivos para que agentes públicos ou privados atuem de forma ilegal”, explicou Vinícius. O objetivo da parceria, segundo ele, é estreitar as relações entre os dois órgãos para construir estratégias conjuntas mais efetivas contra desvios.
