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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

Fadiga crônica e burnout: quando corpo e mente chegam ao limite 

Nutricionista chama atenção para abordagem integrativa como melhor – e única – opção para entender o problema e solucioná-lo efetivamente

A síndrome da fadiga adrenal, também conhecida como fadiga crônica, assim como o burnout, está se tornando mais prevalente devido ao estilo de vida desequilibrado adotado por muitas pessoas. A rotina extenuante e a pressão constante por desempenho profissional e pessoal, combinadas com os impactos do isolamento e medos relacionados à pandemia, contribuíram para o surgimento ou agravamento de problemas psíquicos e físicos.

Jaciara Petry, especialista em nutrição integrativa, observa essas situações em seus atendimentos, onde sintomas como fadiga constante, falta de motivação, e alterações no sono e humor são cada vez mais comuns. Ela destaca a importância de uma abordagem holística para analisar as causas subjacentes e oferecer um tratamento eficaz que aborda a raiz do problema.

A nutricionista ressalta que, embora o tratamento psicológico seja essencial, outros fatores, como alterações nutricionais, deficiências vitamínicas e o esgotamento de mecanismos de controle do estresse, como o cortisol, também desempenham um papel crucial no bem-estar geral e emocional do indivíduo.

Fadiga crônica e burnout: quando corpo e mente chegam ao limite 

“O ser humano é complexo e precisa ser tratado de forma única e inteiramente. Nos casos de burnout, principalmente, é comum se falar em tratamentos psicológicos – que são essenciais -,  mas pouco ainda se debate como outras situações como alterações nutricionais, carência de vitaminas e a exaustão de mecanismos controladores do estresse, interferem no bem estar geral do ser humano, inclusive no seu emocional”, comenta. 

A fadiga crônica é caracterizada por exaustão persistente que não melhora com o descanso, também conhecida como fadiga adrenal, onde as glândulas adrenais não funcionam adequadamente devido ao estresse crônico. Esse estresse constante pode levar ao esgotamento dessas glândulas, resultando em diversos sintomas. Se não tratado, isso pode evoluir para o burnout, um estado de esgotamento físico e emocional reconhecido pela Organização Mundial da Saúde como uma doença ocupacional. A fadiga adrenal é diagnosticada através da investigação de hábitos e sintomas, usando o método de exclusão, enquanto o burnout requer diagnóstico por um profissional de saúde mental.

“A síndrome de burnout representa o ápice do estresse e manifesta sintomas como distúrbios do sono, dores musculares, dor de cabeça, irritabilidade, mudanças de humor, falhas de memória, dificuldade de concentração e baixa imunidade. Indivíduos afetados tendem a se isolar, podem experimentar problemas gastrointestinais, pressão alta e alterações nos batimentos cardíacos. Cerca de 49% das pessoas com esses sintomas desenvolvem depressão, enquanto 97% relatam exaustão física total, tornando-se incapazes de realizar qualquer atividade devido a condições físicas e emocionais comprometidas. Esses impactos têm causado significativos prejuízos na vida de muitas pessoas”, observa a nutricionista integrativa.

A especialista reforça a importância de buscar orientação profissional ao enfrentar sintomas de fadiga ou estresse crônico. Ela enfatiza a necessidade de uma avaliação abrangente, envolvendo tratamentos psicológicos, especialmente em casos de burnout, e abordagens nutricionais, além de outras intervenções que se mostrem necessárias.

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