Os sul-mato-grossenses podem nem sentir a redução do preço do diesel que foi anunciada pela Petrobras nesta quarta-feira (27). O valor de R$ 0,30 mais barato no litro nem deve impactar positivamente o bolso dos condutores de Mato Grosso do Sul, já que em janeiro, haverá aumento nas bombas do Estado.
A redução de R$ 0,30 no valor do diesel seria reflexo da venda do combustível para as distribuidoras pelo preço de R$ 3,48 por litro, a partir da refinaria. Já a desoneração dos impostos federais sobre o diesel, PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), que vigorava desde 2022, termina no dia 31 de dezembro.
De acordo com o levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o valor médio do Diesel em Mato Grosso do Sul é de R$ 6,03 (comum) e R$ 6,08 (S10). Sendo assim, com a redução, passará a custar em média R$5,77 (comum) e R$5,82 (S10).
Conforme o presidente da Sinpetro/MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de MS), Edson Lazarotto, o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) que estão com a incidência zerada para o óleo diesel, voltarão a ser cobradas sob o combustível, a partir de janeiro de 2024.
“Importante destacar que no dia 1 de janeiro retorna a alíquota do Pis e Cofins sob o Diesel, o que impactará em R$0,33 por litro”, ponderou Lazarotto.
Ainda de acordo com o Sinpetro, no mês de fevereiro, com alterações do ICMS, a gasolina terá aumento de R$ 0,15. O diesel de R$ 0,12 e o etanol de R$ 0,15
Diante do retorno das alíquotas federais, a ação terá como efeito direto o aumento dos preços dos combustíveis e também reflexo na inflação, uma vez que deve pressionar a média do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Logo, o diesel mais caro, vai influenciar todo o processo, toda a cadeia e logística que envolve o combustível, como o transporte, e impactará consequentemente o consumidor.
O ‘efeito cascata’ ocorre porque a maioria dos produtos é transportada em caminhões que utilizam o combustível fóssil. O custo será obviamente repassado na ponta, ou seja, para o consumidor final e, por fim, repercutir em uma inflação mais alta no próximo período.