Em 21 de dezembro de 2023, a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) divulgou um relatório com dados sobre a mortalidade entre os yanomamis no primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
O documento revelou que 308 yanomamis morreram no período, um aumento de 49,5% em relação às 209 mortes registradas em 2022.
Do total de óbitos, 104 foram de bebês com menos de um ano e 58 de crianças entre um e quatro anos, totalizando 52,5% do total.
As principais causas de morte foram doenças do aparelho respiratório (66), causas externas de morbidade e mortalidade (65), e doenças infecciosas e parasitárias (63).
A publicação periódica dos relatórios da Sesai foi interrompida após um aumento no número de mortes, passando de semanal para mensal em setembro.
Em outubro, o governo não publicou boletins até 20 de dezembro. Em outubro de 2023, foram registradas 215 mortes, superando o total de 2022.
Procurada em dezembro do ano passado, a Sesai justificou a mudança na periodicidade, afirmando que a “emergência Yanomami está na terceira fase, com ações mais robustas e estruturantes”.
Alegaram seguir o padrão da Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto ao prazo de publicação dos boletins de saúde, evoluindo de diário para mensal.