Uma propaganda do governo Lula sobre o programa Bolsa Família foi duramente criticada por pastores. A peça publicitária mostra uma mãe necessitada recebendo uma lata de leite em pó e respondendo “glória a Deus”, expressão comum entre os evangélicos.
Além disso, a mulher aparece usando cabelo preso, camisa de botão com mangas e saia longa, em um aparente estereótipo de crente pentecostal.
Essa não é a única peça de marketing do governo Lula que faz alusão ao linguajar dos evangélicos. Em outra sobre o “Minha Casa, Minha Vida”, um menino interage com outro dizendo “Ô, Glória”, enquanto numa publicidade sobre o Novo PAC, uma mulher diz “Graça alcançada, Senhor!”.
Para o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, a estratégia do governo petista seria conquistar a população evangélica através do apelo emocional, mas fazendo uma retratação preconceituosa do segmento.
“Nós evangélicos entendemos que não é Lula nem Bolsonaro, mas que as respostas que precisamos vem de Deus. (…) Lula humilha, ridiculariza os evangélicos como se fôssemos uma cambada de ferrados e pobretões dependentes de governo. Ele não conhece a comunidade evangélica”, afirmou o pastor, segundo O Globo.
Objetivo político
Para o pastor e deputado federal Marco Feliciano, também da Assembleia de Deus, o objetivo do governo seria “aliciar” os evangélicos para a causa ideológica petista, que é essencialmente comunista, tendo a população mais humilde – menos informada – como alvo principal.
“Essa propaganda foi feita de cabeça pensada para tentar aliciar os evangélicos mais simples. Ele sabe da rejeição que sofre entre nós por conta da sua nefasta ideologia política que é comunista”, disparou Feliciano.
