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quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Criticados em grupo de WhatsApp, sete vereadores de Bataguassu registram B.0 na polícia  

Os legisladores do município se sentiram ofendidos com as críticas, denúncias, acusações e procuraram a delegacia de polícia para registrar ocorrência de ocorrência contra integrantes do grupo

Pelo menos oito pessoas, sendo sete delas vereadores de Bataguassu, procuraram a Delegacia de Polícia Civil da cidade, para registrarem um boletim de ocorrência contra um famoso grupo de WhatsApp, BTG em Debate, que costuma comentar sobre a política local.

O grupo existe desde 2020. Com quase 800 participantes, eles costumam fazer comentários sobre política e também se unem para realizarem manifestações sobre projetos votados pela Câmara de Bataguassu.

Criticados em grupo de WhatsApp, sete vereadores de Bataguassu registram B.0 na polícia  
Profeta, um dos integrantes do grupo que fiscaliza e divulga os problemas da cidade, mostra uma cópia do Boletim de Ocorrência (Foto: Arquivo pessoal)

Constantemente os membros lutam por causas em defesa da população. Estão sempre atentos a projetos votados na Câmara dos vereadores. Em alguns casos, os participantes se manifestam quando percebem que determinada proposta não favorece os moradores da cidade.

QUARTO PODER

Atuando como um ‘quarto poder’ de Bataguassu, o grupo sempre repercute algumas situações que não consideram favoráveis. Graças aos membros, vários projetos que poderiam não trazer melhorias para a população foram barrados após manifestações dos participantes.

O grupo tem um único objetivo: lutar por projetos e indicações dos vereadores que beneficiem a população de Bataguassu, mas há alguns dias, alguns legisladores se sentiram prejudicados por alguns comentários relatados pelos participantes e foram à delegacia de polícia para registrar boletim de ocorrência.

CASO DE POLÍCIA

Conforme B.O registrado em dezembro de 2023, os vereadores César de Souza Martins, (MDB), Nivaldo da Silva Reis (PSB), Renato Ferreira da Silva (PSDB), Enivaldo Vieira Marques (PSDB), Eliane de Oliveira Souza (PSDB), Mauro de Souza (PSDB), Celson Magalhães de Oliveira (MDB) e mais um coordenador administrativo, procuraram a delegacia após se sentirem ofendidos com os comentários dos participantes do grupo.

Criticados em grupo de WhatsApp, sete vereadores de Bataguassu registram B.0 na polícia  
Vereadores que integram o legislativo de Bataguassu (Foto: Divulgação)

Como vivemos em um país democrático, o grupo serve para ajudar a população a ficar por dentro sobre o que os vereadores estão votando na Casa de Leis, mas parece que alguns parlamentares não gostaram de certos comentários e resolveram fazer um debate virar caso de polícia.

De acordo com o histórico relatado pelos parlamentares, as alegações citadas pelos participantes do grupo são infundadas de calúnia e difamação. Uma das supostas acusações diz que um dos vereadores usava carro da prefeitura para pescar.

Criticados em grupo de WhatsApp, sete vereadores de Bataguassu registram B.0 na polícia  

Ainda segundo o boletim de ocorrência, os membros também comentaram sobre supostas rachadinhas de salários de servidores públicos. Os participantes também teriam falado que os vereadores estariam usando o combustível dos veículos da prefeitura de forma indevida.

RACHADINHAS

Além disso, ainda segundo os relatos dos parlamentares, os vereadores também teriam sido denunciados por supostamente estarem negociando terrenos e casas da prefeitura. Os vereadores também estariam sido acusados de compras de votos pelo grupo.

A vereadora tucana, Eliane Souza conversou com o Perfil News e disse não ser contra a liberdade de expressão dos participantes, mas adianta que as alegações são infundadas. Ela explica que acredita ser crucial ressaltar que sempre pautou a sua conduta por princípios democráticos e pacíficos. A vereadora diz que buscou a construção de um ambiente respeitoso e saudável no grupo, onde a troca de ideias e informações pudessem ocorrer de maneira civilizada.

Criticados em grupo de WhatsApp, sete vereadores de Bataguassu registram B.0 na polícia  

“Ao tomar conhecimento de acusações, senti-me compelida a realizar um Boletim de Ocorrência, não como forma de agressão, mas sim como medida necessária para preservar minha honra e princípios, tão injustamente proferida por integrante do grupo e demonstrar a gravidade das alegações difamatórias. As acusações que ora me são atribuídas, que afirmam a existência de rachadinhas entre os vereadores e o prefeito, são completamente infundadas. Tais afirmações atingem diretamente minha honra e princípios, como vereadora sempre busquei fazer o meu melhor, com muita dedicação, amor e responsabilidade”, disse a parlamentar.

A vereadora também conta que não busca alimentar conflito, mas sim zelar por sua integridade moral e ética.

“Coloco-me à disposição para esclarecimentos e colaborar no que for necessário. Entendo que estamos todos sujeitos a mal-entendidos, mas é importante esclarecer que tais alegações não têm respaldo verídicos, e que redes sociais não é terra sem lei. Por fim, reitero meu compromisso em ouvir opiniões e debates políticos’ de forma respeitosa e democrática, sem atingir a honra e a moral com mentiras infundadas à qualquer integrante do grupo, seja ele ocupante de cargo eletivo ou não”, finalizou.

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