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sexta-feira, 19 de julho de 2024

Conta de luz deve subir 5,6% em 2024, com aumento recorde de subsídios

A conta de luz dos brasileiros deve subir 5,6% em média em 2024, segundo projeção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O aumento é menor do que o estimado para 2023, que foi de 6,8%, mas ainda assim representa um aumento significativo.

Três fatores principais influenciam o aumento da conta de luz:

  • Energia contratada no mercado cativo: esse é o mercado em que as pessoas não podem escolher de quem receber a energia, e são “obrigadas” a comprar da distribuidora local. O custo da energia no mercado cativo tem aumentado nos últimos anos, devido à alta dos preços de combustíveis fósseis, como o gás natural e o óleo diesel.
  • Expansão da rede de transmissão: a construção de novas linhas de transmissão é necessária para levar a energia elétrica aos consumidores. O custo dessa expansão é repassado para os consumidores nas contas de luz.
  • Conta de subsídios: a conta de subsídios é um encargo que remunera projetos de interesse público, como a geração de energia solar e eólica, a universalização do acesso à energia elétrica e a redução das tarifas para consumidores de baixa renda.

O valor da conta de subsídios tem aumentado nos últimos anos, devido ao crescimento desses projetos.

A Aneel reajusta anualmente as tarifas de energia cobradas pelas distribuidoras, na data de “aniversário” de concessão.

Os reajustes levam em consideração fatores como o custo da geração e transmissão de energia, além de encargos setoriais. Também são considerados os custos próprios da operação da distribuidora e a inflação no período.

Em 2024, os subsídios devem alcançar o maior valor da série histórica da Aneel, somando R$ 37,2 bilhões. A maior parte desse valor, R$ 32,7 bilhões (88%), será bancada diretamente pelos consumidores de energia, por meio de dois encargos incluídos nas contas de luz:

  • Encargo de Serviços de Distribuição (ESD): esse encargo remunera os custos da distribuidora com a operação e manutenção da rede elétrica.
  • Encargo de Reposição Tarifária (ERT): esse encargo remunera os consumidores de energia pelas perdas de energia na rede elétrica.

A CDE tem como receitas:

  • Multas aplicadas pela Aneel;
  • Recursos de pesquisa e desenvolvimento não utilizados pelas empresas;
  • Valores pagos pelas hidrelétricas pelo uso do bem público;
  • Recursos da Reserva Global de Reversão (RGR), um encargo pago por geradores, transmissores e distribuidoras;
  • Aportes do Tesouro Nacional;
  • Cotas pagas pelos consumidores.

Ao longo dos anos, com o aumento da CDE e a redução da participação da União no fundo, os consumidores tiveram que arcar com a maior parte dos custos.

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