Caminhando ao lado do meio ambiente, fábricas de celulose melhoram vidas de pessoas, cidades e empresas
O eucalipto acaba com a água? Estraga o solo? Derruba mata nativa? Historicamente, a produção de celulose e papel esteve na mira de movimentos socioambientais no Brasil. Mas, hoje em dia as empresas de celulose estão cada vez mais inclusivas, proporcionando desenvolvimento territorial, com geração de empregos, renda, e gestão da paisagem que ao redor era dominada pelos pastos.
Eucalipto com faixas de mata nativa, promove um ganha-ganha. Por exemplo: o plantio de eucalipto serve como passagem para o trânsito de animais silvestres e impede a conversão dessas áreas em pastagens, ao mesmo tempo que a floresta natural conserva a água, o carbono, a biodiversidade e ajuda a combater as pragas, diminuindo o uso de agrotóxicos.
ESTUDO
Em pesquisa apresentada durante a 78ª Semana Oficial de Engenharia e Agronomia, especialistas destacaram potencial do plantio de eucalipto para ajudar Mato Grosso do Sul a atingir a meta de ser carbono neutro até 2030.
O estudo revela que, independentemente do bioma, o eucalipto é a cultura que menos emite CO₂, mesmo quando comparado à vegetação nativa. Por outro lado, a agricultura e a pastagem são as atividades agrícolas que mais liberam gás carbônico para a atmosfera.
A utilização de matéria-prima florestal pode ser explorada para material lenhoso, autorizada por lei, desde que por motivos econômicos. Mas fica às empresas a obrigação de suprir recursos desde o manejo florestal à plantação. A reposição florestal equivale à compensação do volume de matéria-prima extraído de vegetação nativa, pelo volume consumido, a fim de gerar estoque ou recuperação de cobertura florestal.
RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
A conclusão é que as fábricas de celulose estão cada dia mais, conscientes e caminhando com o meio ambiente. Além disso, uma indústria é um megaempreendimento que faz a economia de qualquer cidade disparar.
As cidades mudam para melhor com a chegada de uma indústria. Já aconteceu com Três Lagoas, agora está acontecendo com Ribas do Rio Pardo e em breve acontecerá com Inocência. Com todas as fábricas em operação, Mato Grosso do Sul será o maior exportador de celulose do planeta.
A fábrica da Suzano de Ribas do Rio Pardo está prevista para entrar em operação neste primeiro semestre de 2024, mas as mudanças na cidade já estão acontecendo desde o anúncio do megaempreendimento. A economia do município disparou e o orçamento de 2023 foi de R$ 305 milhões.
A Fábrica da Suzano, denominada Projeto Cerrado, será a terceira indústria de celulose de Mato Grosso do Sul. Anunciada em maio de 2021, o investimento foi R$ 19,3 bilhões e no pico das obras em 2023, o empreendimento gerou 11 mil empregos diretos.
NOVO CENÁRIO ECONÔMICO
Desde o anúncio da fábrica, a cidade mudou completamente. Novos comércios, oficinas, hotéis e imóveis foram construídos, mudando o estilo de vida da população. Abrigando milhares de novos moradores, o pacato município, agora segue em ritmo de ‘cidade grande’.
A economia impacta desde os grandes empresários aos vendedores ambulantes. Com o maior fluxo de pessoas, todos os comércios e hotéis da cidade estão lotados, fazendo o dinheiro circular no município e assim, oferecendo uma vida digna tanto para os moradores, como para as pessoas que chegaram na cidade em busca melhores condições de trabalho.
O Perfil News circulou pelas ruas de Ribas do Rio Pardo e a equipe de reportagem ficou abismada com tamanha diferença em pouco tempo. Restaurantes completamente lotados, hotéis e imóveis sendo construídos graças ao megaempreendimento.
Até os postos de combustíveis das rodovias que antes pareciam abandonados, sem movimento voltaram com tudo. E se engana quem pensa que só o grande empresário lucra com a indústria, vendedores ambulantes também estão conseguindo uma ótima renda com suas vendas.
Com o aumento de fluxo de veículos, não precisa trafegar muito pelas rodovias para notar o aumento dos vendedores as margens da estrada. Os produtos são variados e em Ribas do Rio Pardo tem espaço para todos os setores.
LOGÍSTICA
Esse cenário está acontecendo em Ribas e região antes de startar a fábrica, imagina então quando iniciar a produção de celulose. A movimentação nas rodovias de carretas tritrem transportando eucalipto à fábrica e outras composições com cargas de celulose até o terminal de embarque. Essas operações vão impactar o tráfego, principalmente na BR 262, assim como os comércios instalados ao longo da estrada,
O Diretor da Comunicação da Suzano adianta que o número de carretas que vai operar em Ribas do Rio Pardo, será parecido com o de Três Lagoas. Além disso, a cidade, que terá em breve uma indústria em operação, também contará com a mesma tecnologia de controle de velocidade, controle de fadiga, com acompanhamento em tempo real de cada veículo, mostrando a atenção da empresa com os colaboradores.
EXEMPLOS
Um exemplo flagrado pelo Perfil News foi um vendedor que montou uma barraca de bebidas em frente a um dos alojamentos dos trabalhadores da indústria. Não muito longe, a dona de um restaurante que tinha um sonho de terminar de construir seu hotel, finalmente conseguiu finalizá-lo.
Antes, devido ao pouco movimento do restaurante, a comerciante não conseguia terminar as obras do hotel. Com o anúncio da construção da fábrica, ela teve aumento de clientes e a conseguiu concluir a construção de um dos maiores hotéis de Ribas do Rio Pardo.
Também devido à fábrica, a procura pelas diárias de hotéis aumentou drasticamente, favorecendo ainda mais a comerciante que um dia sonhou em terminar a construção do empreendimento.
Outra cena flagrada pelo Perfil News, foi de jovens conseguindo conquistar o sonho do primeiro emprego. Uma fábrica de celulose oferece melhores condições de vida para todos, sem contar que também fornece possibilidades de crescimento profissional dentro da própria empresa.
No pico das obras da indústria, Ribas do Rio Pardo recebeu 11 mil trabalhadores. A maioria não permanece na cidade, mas hoje em dia o município tem 6 mil novos moradores e nos próximos anos, o número deve passar dos 10 mil.
Com os novos moradores, a economia local melhorou. Os comerciantes estão satisfeitos com o movimento do comércio. Ribas do Rio Pardo tinha a previsão de arrecadar R$ 200 milhões e conseguiu atingir a meta de R$ 305 milhões no ano passado.
Prevista para entrar em operação ainda neste semestre, a nova fábrica – que será a unidade mais competitiva da Suzano –, vai produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano, empregando 3 mil pessoas, entre colaboradores próprios e terceiros, nas áreas florestal e industrial, e movimentando toda a cadeia econômica da região.
Fotos: Perfil News