Com o objetivo de qualificação de detentos que se encontram nos estabelecimentos penais de MS, o projeto será ministrado pelas duplas compostas pelo mestre Rodrigo Avalhaes e a Instrutora Léia Cristina da Silva Souza Marçal, e pelo mestre Cleber Ferreira de Britto e Instrutora Fabiane Avalhaes Marçal pretendem levar oficinas de artesanato em argila para essa população por meio do projeto Reintegr’Arte, que começa no próximo dia 07 de fevereiro, em Aquidauana. Com financiamento do Fundo de Investimentos Culturais – FIC/MS, a iniciativa prevê 8 encontros em 7 cidades diferentes de fevereiro a julho deste ano.
O objetivo do projeto é realizar oficinas profissionalizantes de argila de forma presencial, com aulas teóricas e práticas, com instrução coletiva e atendimento individual dos instrutores, para despertar o processo criativo e o interesse pelo trabalho. Cada turma prevê a participação de 10 alunos e as cidades contempladas serão, Aquidauana, Campo Grande, Rio Brilhante, Jardim, Caarapó, Ponta Porã e Jateí, divididos entre presídios femininos e masculinos.
Como forma de estimular o trabalho, a Lei de Execução Penal permite a remissão de um dia de pena para cada três trabalhados, recentemente o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul admitiu a remição de pena em razão da produção de artesanato, o projeto visa inserir essa arte nos estabelecimentos penais como forma de oportunizar uma busca de novas perspectivas de homens e mulheres em processo de ressocialização.
As oficinas irão contribuir com a capacitação profissional e visam colaborar com a emancipação socioeconômica e a construção da cidadania, permitindo ao reeducando, ao regressar na sociedade tornem-se autônomos e adquiram condições de atuar no mercado de trabalho. Os beneficiários indiretos serão as famílias dos participantes dos cursos com a geração de renda que virá da produção artesanal.
Para o mestre artesão Rodrigo Avalhaes, que tem vasta experiência no artesanato em argila esse é um dos projetos mais importantes que ele ministra, “eu acredito na ressocialização por meio da arte e esse projeto vai nos permitir a qualificar cerca de 80 pessoas que terão não só uma forma de passar o tempo, mas também uma forma de renda quando tiverem liberdade”.
O mestre artesão Cleber Ferreira acredita que as oficinas farão uma grande diferença na vida dos internos. “Serão momentos de grande aprendizado, tanto pra eles quanto pra nós, que ministraremos as aulas, será um momento em que as experiências de vida serão trocadas e poderemos deixar uma semente do artesanato plantada em cada estabelecimento”.
As oficinas serão totalmente gratuitas e realizadas pelos mestres e mais duas instrutoras auxiliares em estabelecimentos penais da capital e do interior de MS.