Na noite de quarta-feira (7), Gisele de Souza Soares, mãe de dois, viveu momentos de tensão e angústia ao dar à luz seu terceiro filho na BR-262, próximo a Ribas do Rio Pardo.
A gestante, que já estava no nono mês, precisou ser transferida de Ribas do Rio Pardo para Campo Grande devido à falta de anestesista na cidade.
A saga começou no domingo (4), quando Gisele procurou o Hospital Municipal com dores e sangramento.
Apesar de ter dois dedos de dilatação, foi orientada a voltar para casa, pois a cesariana com laqueadura, procedimento desejado pela paciente, não era considerada emergencial e não havia anestesista disponível.
Segundo o site Rio Pardo News, na segunda-feira (5), as contrações se intensificaram e Gisele retornou ao hospital. A equipe médica confirmou a necessidade da transferência para Campo Grande, mas a espera por uma ambulância se tornou um pesadelo. Segundo Raphael de França, marido de Gisele, a demora ultrapassou uma hora.
“Ficaram enrolando muito para sair, esperando os funcionários saírem das casas deles e irem até o hospital”, relata Raphael. Desesperado com a situação, ele chegou a cogitar levar a esposa em um carro particular, mas foi aconselhado a não correr o risco.
Finalmente, a ambulância partiu para Campo Grande, mas o parto não pôde esperar. Gisele deu à luz o menino Arthur na BR-262, com a ajuda do marido e de um técnico de enfermagem.
Apesar das dificuldades, mãe e filho passam bem. Arthur nasceu com 3,2 kg e 48 cm. Gisele se recupera na Maternidade Cândido Mariano, em Campo Grande.
A falta de anestesista em Ribas do Rio Pardo e a demora na transferência da paciente levantam questões sobre a qualidade da assistência médica no município. A Prefeitura de Ribas do Rio Pardo foi questionada sobre o caso, mas ainda não se pronunciou.