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domingo, 24 de novembro de 2024

Suzano de Ribas do Rio Pardo entra em operação até o dia 30 de junho com 3 mil trabalhadores 

Já é notável a mudança profunda que o megaempreendimento da fábrica de celulose da Suzano trouxe a Ribas do Rio Pardo. A indústria entra em operação até o mês de junho, com 3 mil trabalhadores. Hoje, mais uma obra deve potencializar ainda mais a indústria que entra em operação neste primeiro semestre de 2024.

Nesta sexta-feira (23), autoridades participaram do lançamento das obras do Centro Integrado Sesi Senai (CISS), em Ribas do Rio Pardo. O empreendimento atende às demandas de hoje com um olhar para o futuro e o investimento é de R$ 58,5 milhões.

Localizado próximo à rodovia BR-262, a unidade contará com 6,1 mil metros quadrados de área construída, em dois pavimentos, para oferecer educação básica tecnológica do Sesi e ensino técnico e superior do Senai.

O Perfil News participou do lançamento e conversou com o Gerente da Suzano, Leonardo Pimenta. O gestou comentou sobre a importância do Centro Integrado em capacitar mão de obra para a fábrica. Ele explica que a união público e privada é o caminho para o desenvolvimento.

Suzano de Ribas do Rio Pardo entra em operação até o dia 30 de junho com 3 mil trabalhadores 

“Quando o vídeo de como a obra vai ficar foi divulgado, a gente conseguiu ver como será o futuro. Aqui as pessoas terão oportunidade de qualificação e educação. De certa forma a Suzano pode dar continuidade neste processo de capacitação para as pessoas. É fundamental essa parceria público-privada”, disse.

A obra deve demorar aproximadamente 18 meses, mas Leonardo explica que as capacitações já estão acontecendo e que o espaço será de extrema importância para a empresa conseguir proceder com a ação.

Suzano de Ribas do Rio Pardo entra em operação até o dia 30 de junho com 3 mil trabalhadores 

A parceria com o Sistema S se iniciou em 2021. Quando chegamos com o planejamento eles anteciparam escolas por containers que hoje já existem onde conseguimos fazer o nosso grupo de formação, capacitando mais de 200 pessoas e empregando 70% delas. O processo começou em 2021 e o que ganhamos é a continuidade do processo. Prezamos muito o regionalismo e preferimos pessoas que residem em Ribas do Rio Pardo”.

Em primeira mão ao Perfil News, Pimenta disse que a Suzano de Ribas já tem data definida para entrar em operação. Segundo ele, a indústria já começa a operar até o dia 30 de junho com cerca de 3 mil trabalhadores empregados, sendo 40% dos colaboradores residentes na cidade.

Com 100 anos de história a Suzano tem o poder de transformar a vida das pessoas. É o que acontece com Ribas do Rio Pardo. A economia do município disparou e vários muitos trabalhadores se mudaram para a cidade em busca de melhores condições de emprego.

“Tivemos muitas lições aprendidas. É a dor do crescimento. Temos aspectos que precisam ser administrados, mas acredito que no futuro o que vai ficar é o legado”

A nova fábrica – que será a unidade mais competitiva da Suzano –, vai produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano, empregando 3 mil pessoas, entre colaboradores próprios e terceiros, nas áreas florestal e industrial, e movimentando toda a cadeia econômica da região.

Fábrica verde

De acordo com informações do diretor-executivo Industrial de Celulose, Engenharia e Energia da Suzano, Aires Galhardo, o raio médio estrutural da base florestal que abastecerá a unidade é de apenas 65 km, inferior ao raio médio atual da Suzano, de aproximadamente 220 km. A logística inbound da unidade contará com 50% das operações feitas por veículos hexatrem, o que garante menores custos e emissão reduzida de gases de efeito estufa na atmosfera. O projeto também prevê o uso de equipamentos de última geração que são referência mundial em competitividade e sustentabilidade.

Seguindo o propósito da Suzano – que é “renovar a vida a partir da árvore” – e o conceito de inovabilidade, que consiste na inovação a serviço da sustentabilidade, a fábrica será a mais verde do setor. “Isso significa que ela foi estruturada para garantir que a adoção das melhores práticas e a escolha de equipamentos resultem em uma fábrica competitiva e com importante contribuição ambiental”, detalhou Galhardo.

Para isso a unidade adotará a gaseificação da biomassa para substituição de combustível fóssil nos fornos de cal, um novo marco da Suzano em ecoeficiência. Como resultado, a empresa terá um excedente de aproximadamente 180 megawatts médios, energia que será exportada para a rede e que é suficiente para abastecer uma cidade com 2,3 milhões de habitantes por um mês.

O Projeto Cerrado também contempla o uso eficiente da água na nova unidade, uma vez que 85% do volume captado no Rio Pardo será tratado no processo produtivo, antes de ser devolvido ao meio ambiente.

Além disso, a nova fábrica busca diminuir o seu impacto ambiental até o fim da linha de produção, ou seja, há uma preocupação com o destino correto dos seus resíduos.

“Reduziremos em 70% o total de resíduos industriais destinados aos aterros e mais de R$ 80 milhões serão investidos nas Unidades de Conversação do Mato Grosso do Sul por meio de compensação ambiental”, ressaltou Aires.

Ao longo de todo o Projeto Cerrado, milhares de empregos estão sendo gerados direta e indiretamente na região de Ribas do Rio Pardo. De acordo com Galhardo, a construção da nova fábrica segue o princípio de “só é bom para nós se for bom para o mundo”, um dos direcionadores de cultura da companhia.

“Nós sabemos que o sucesso do nosso negócio é fruto do desenvolvimento econômico e social”, disse o executivo.

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