Morreu na última quarta-feira (28), em Dourados, a jovem de 35 anos, Gisely Duarte Galeano, após sofrer aborto e passar dez dias internada após ser espancada pelo marido.
O crime ocorreu no dia 18 deste mês em Bela Vista, na fronteira com o Paraguai. As agressões foram tantas que Gisely sofreu derrame cerebral encefálico.
Em boletim de ocorrência registrado na DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Ponta Porã, onde a vítima morava, a irmã dela apontou o cunhado, Fernando Chucarro Dias, 35, como autor das agressões que provocaram o aborto e a morte de Gisely.
Segundo a comunicante a DAM que foi divulgada pelo site Cenário MS, Gisely e Fernando moravam no Jardim Primor, em Ponta Porã.
Dias de terror para Gisely
No dia 3 deste mês, ela teria sido agredida pelo marido e impedida por ele de acionar a Polícia Militar e de registrar ocorrência na Polícia Civil.
Como a vítima havia prometido denunciá-lo, Fernando foi embora para Bela Vista, onde moram seus familiares.
No dia 5, Gisely conseguiu registrar a ocorrência, mas, segundo a polícia, não quis pedir medidas protetivas. A mulher já suspeitava que estava grávida, mas ainda não havia feito exame.
Ainda segundo a irmã, no dia 18, Fernando manteve contato com Gisely e ela viajou até Bela Vista para se encontrar com o marido.
Conforme a denúncia, Gisely sofreu uma série de agressões assim que chegou a Bela Vista. No mesmo dia, retornou para Ponta Porã machucada, foi para a casa e não contou nada para ninguém.
No dia seguinte, a irmã foi de novo ao local e dessa vez conseguiu entrar. Gisely estava deitada no sofá reclamando de fortes dores abdominais. Com a ajuda do pai, a irmã a levou ao Hospital Cassems, onde foram contatados o aborto e derrame encefálico.
Devido à gravidade do caso, Gisely Galeano foi transferida imediatamente para o Hospital Cassems em Dourados, onde ela morreu em decorrência das agressões.