19.5 C
Três Lagoas
sexta-feira, 19 de julho de 2024

Proarmas emite nota de repúdio após declaração de jornalista de MS

Coordenadoria-Geral da entidade responde a discurso tendencioso sobre CACs em Rádio

Uma fala de 120 segundos e que consegue, de forma meteórica, “lacrar” em 9 pontos  controversos e tendenciosos sobre os CACs no Brasil. É o posicionamento da Coordenadoria-Nacional do Proarmas, entidade criada em 2020 para defesa orientação e conscientização de colecionadores de armas, atiradores credenciados e caçadores do país. 

“Precisamos combater essa mácula criada aos CACs, que são cidadãos submetidos a um credenciamento regular de suas armas. Pessoas tambem altamente vigiadas em suas condutas, por isso vemos como leviana, toda generalização a partir de problemas que ocorram em casos isolados”, esclarece o Coordenador-Nacional do Proarmas, David Vasconcelos, sobre o editorial desta manhã, na Rádio Difusora, de Campo Grande, feito pelo jornalista Sérgio Cruz.

A declaração do profissional da imprensa, durante o programa Boca do Povo, explorou a ocorrência registrada em Campinas (SP), com o CAC, Coronel Vigilio Parra Dias. Em sua residência, uma possivel explosão de artefato, teria provocado um incêndio dentro de um apartamento, o que ocasionou danos ao prédio e ferimentos a outras 37 pessoas.

As investigações não descartam até uma eventual tentativa de suicídio. O imóvel do suspeito estava com 111 armas guardadas e três mil munições. Vigilio Parra Dias não é filiado ao Proarmas. 

“Antes de tudo, é preciso enfatizar que o Proarmas não é sobre armas e sim sobre liberdade. Por isso, vemos como lamentável a forma como o jornalista se pronunciou, em uma transmissão ao vivo, sem fazer uma apuração aos fatos. O que tornou a declaração leviana, por parte dele, principalmente sobre o que envolveu o caso isolado de Campinas. A nossa entidade preza pelo Estado Democrático de Direito e lembra que todos os CACs para obterem a sua licença e a manterem, chamada no Brasil de CR, precisa atender requisitos mínimos da lei”, destaca o Vice-Presidente Nacional do Proarmas, o advogado Felipe Di Benedetto Jr.

Confira a nota de repúdio do Proarmas sobre a fala de Sergio Cruz:

“O Proarmas vem por meio deste comunicado informar discordância a vários pontos citados pelo jornalista Sérgio Cruz, durante participação no programa Boca do Povo, da Rádio Difusora, de Campo Grande-MS. Segue as considerações da entidade:

“1- Sobre a qualificação do suspeito da explosão em Campinas, lembramos que nem todos os CACs do Brasil são necessariamente de Direita e patriotas. Visto que não há obrigatoriedade quanto a isso para se obter esse direito, ainda garantido no país, mesmo com a forte perseguição a quem o exerça.

“2- Ao se mencionar ‘perigoso paiol nacional’, lembramos que o problema do Brasil não são as armas legalizadas, nem os colecionadores de armas, caçadores ou atiradores credenciados, e sim o avanço do crime organizado, bem como as armas contrabandeadas.

“3- Também comunicamos que diferente do expressado pelo jornalista Sérgio Cruz, os CACs, em sua imensa maioria, pessoas que respeitam a lei brasileira, e que estão monitorados pelas autoridades, não ameaçam a Segurança Coletiva.

“4- Explicamos ainda que  a narrativa citada para vincular as armas de CACs, principalmente as de membros ligados ao Proarmas, ir parar em posse do crime organizado é falaciosa. Visto que, brasileiros que estejam neste grupo, ficam obrigados a participar regularmente de um recadastramento de seus artefatos e são rigorosamente acompanhados pelas forças de Segurança. 

“5- Também citamos que é equivocada e irresponsável a menção de que o Proarmas controle os CACs do Brasil. Uma vez que, os mesmos se reportam  nas suas licenças aos órgãos competentes: Exército do Brasil e Polícia Federal.

“6- O Proarmas ainda discorda frontalmente da fala pejorativa do jornalista, que atribui a centenas de milhares de pessoas de bem, o estereótipo de que sejam ‘os novos defensores do Estado de Direito contra o Sistema. A entidade reafirma que milhões de pessoas em todo o Brasil anseiam por um país democrático, que respeite o cidadão sem perseguições e que o Sistema Público atenda da melhor forma o cidadão que sustenta governos com o pagamento ordeiro de impostos.

“7- O Proarmas também condena o termo citado pelo jornalista aos CACs, como sendo, em geral, pessoas ligadas às ‘milícias anarco-patrióticas’, classificando tal posicionamento do mesmo como desrespeitoso e vil.

“8- O Proarmas também declara que não possui conhecimento de qualquer virtual convocação de ‘pessoas treinadas em clubes de tiro’, conforme disse o jornalista, a qualquer ato ostensivo de que com armas seja ‘para defender a democracia Bolsonarista’. A entidade afirma, que CACs, que tenham pensamento de direita, e que simpatizem politicamente ao Ex-Presidente da República, Jair Bolsonaro, em suas ideias, defendem a democracia do Brasil e o respeito à Constituição. 

“9- O Proarmas, fundador pelo advogado Marcos Pollon, hoje deputado federal pelo estado de Mato Grosso do Sul, tem o propósito de conscientizar a sociedade brasileira, sobre o direito com maior alcançabilidade de acesso civil às armas de fogo. Portanto não sendo, de acordo com o referido pela expressão do jornalista, uma entidade para a formação de milícias.”

Confira o vídeo com o comentário do jornalista Sérgio Cruz, de Campo Grande:

Leia também

Últimas

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.