Nos últimos meses diversos veículos da imprensa vêm repercutindo o crescimento da indústria agroflorestal em Mato Grosso do Sul, com ênfase na produção de biocombustíveis, papel e celulose. Na segunda-feira (25), o ‘Valor Econômico’ focalizou a aposta que empreendedores brasileiros e de outros países vêm fazendo no potencial de retorno que os investimentos têm no Estado.
O ‘Valor Econômico’ é um site especializado em economia, finanças e negócios, um dos mais acessados pelos investidores. A reportagem, com o título “Papel e celulose terão R$ 67 bi em aportes”, ressalta a forte presença da indústria de base florestal em território sul-mato-grossense. O momento econômico favorável do setor é detalhado no material jornalístico e atesta o comprometimento do governo estadual na geração de emprego e renda.
“O jogo da celulose, nos próximos anos, vai ocorrer muito focado em Mato Grosso do Sul”, afirmou Jaime Verruck, secretário do Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia Econômico. Ele considerou ainda que a publicação teve o cuidado de realçar a política pública de atração de empresas e investimentos, fomentando a chegada de grandes indústrias e os ganhos sociais, com empregos, crescimento das cidades e qualificação da mão-de-obra.
SUPERAR MG
A reportagem informou sobre a instalação e início das atividades da Arauco e Suzano, em diferentes municípios do Estado. “Somos destino dos próximos projetos de celulose. Nós temos recursos hídricos e ao menos 7 milhões de hectares, com baixo teor de argila e já degradados, porque foram pastagens, que podem receber mais plantio de eucalipto”, disse Verruck. “A meta é chegar em 2025 com 2 milhões de hectares plantados de eucalipto, superando Minas Gerais na liderança da área cultivada”, frisa a reportagem.
Um dos destaques da reportagem é a construção da fábrica da Arauco em Inocência, em 2028 – último ano do ciclo de investimentos, o Projeto Sucuriú –, quando a indústria planeja colocar em operação a sua primeira fábrica de celulose no País. O grupo chileno, que tem investimento de aproximadamente R$ 3 bi, poderá produzir inicialmente 2,5 milhões de toneladas por ano na unidade localizada no município sul-mato-grossense.
PREVISÕES
A publicação mostra a continuidade dos investimentos após 2028, com previsão de investimentos de R$ 28 bilhões e 5 milhões de toneladas por ano, após o início da operação da segunda linha em Inocência, em 2032. A Suzano, com o projeto Cerrado – o maior, em construção no município de Ribas do Rio Pardo -, também pode receber uma segunda linha. Segundo o Folha de Campo Grande, com previsão de começar a operar em junho e produção inicial de 2,55 milhões de toneladas/ano de celulose e eucalipto, o projeto movimentou R$ 22,2 bilhões, um dos maiores investimentos privados realizados no País.
Outra planta industrial é da Bracell, da Ásia, que busca matéria-prima em Mato Grosso do Sul, para atender a mega fábrica de celulose de Lençóis Paulista (SP). A empresa é responsável por investir R$ 5 bilhões – um dos maiores em curso da indústria – em outra fábrica, também no interior de São Paulo.