Medo de falência? Conheça 10 erros que quebram uma empresa e como fugir deles
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2020), 80% das micro e pequenas empresas não completam um ano e cerca de 60% fecham antes dos cinco anos. A partir dessa informação, fica claro o quão difícil é administrar um estabelecimento, principalmente quando você é o responsável por começá-lo do zero.
Apesar das estatísticas serem alarmantes, se o seu desejo é tornar-se um empresário reconhecido pela competência e altos ganhos, siga neste artigo e saiba quais são os 10 principais erros capazes de quebrar uma empresa e como evitá-los.
Reconhecer que o caminho não é fácil é o primeiro passo para a prosperidade, os próximos e mais consistentes, você aprenderá agora!
10 erros que prejudicam o seu negócio: saiba como evitá-los
Afinal, quais são os erros mais comuns, os quais fazem empreendedores fecharem suas empresas nos primeiros anos? Conheça-os e saiba como não cometer cada um deles.
1. Trabalhar informalmente
O erro do trabalho informal está no próprio termo: informal. Os clientes desejam formalidade, seriedade e conformidade com as exigências legais, portanto, não fecham com empresas sem CNPJ, pois elas não possuem e não fornecem os documentos necessários.
Resumindo, trabalhar informalmente te limita quando você for pegar um cliente de maior porte, os quais podem ascender o seu negócio. Regularize a empresa e compita de igual para igual com as instituições sérias e renomadas.
2. Não elaborar um plano de negócio
Sem um plano de negócio, você não consegue definir suas prioridades, se desorganiza, e se perde nos seus próprios objetivos, pois nem métricas tem.
Por outro lado, com um plano bem elaborado, consegue traçar metas em todos os âmbitos organizacionais, e planeja como fazer para atingi-las, tudo detalhadamente.
Nessa etapa, as principais perguntas norteadoras e iniciais são:
- Qual é o meu produto ou serviço?
- Quem é meu público-alvo?
- Como será a estrutura e operação do negócio?
- Qual é o tamanho do mercado e a viabilidade financeira?
- Quais são as estratégias de marketing e vendas?
3. Não fazer gestão financeira
Alguns empresários têm fortes características de venda direta, outros de marketing, outros de relação com o cliente, e assim por diante. Infelizmente, nem todos entendem de administração financeira, e às vezes, colocam tudo a perder.
Em situações como essa, não há entrada de dinheiro que salve um negócio mal administrado. Uma empresa pode ter vários clientes, vender muitos produtos high-ticket, e bombar no mercado, mas sem a gestão financeira adequada, os empreendedores vão veem lucro algum.
Por esse motivo, não exite em informar-se sobre gestão, tanto em cursos, quanto mentorias com contadores, e sempre que possível, pedir aos especialistas que avaliem a situação financeira do seu negócio.
4. Não fazer a gestão de tempo no trabalho
O tempo é precioso, mas acima de tudo: é dinheiro! Procrastinar, demorar-se em tarefas simples e esquecer atividades importantes faz com que o empreendedor tenha atrasos em projetos e entregas, sobrecarga de trabalho e estresse e perca oportunidades de negócio.
Administrar o tempo é fundamental para ganhar dinheiro, e administrar o dinheiro é fundamental para lucrar ainda mais. Nesse contexto, comece fazendo a programação da próxima semana, por exemplo.
Liste compromissos, prioridades, tarefas, e os realize de forma prática, eficiente e otimizada, e se preciso, delegue atividades. Não perca tempo com coisas supérfluas durante o período de trabalho, pois a empresa deve ser o seu maior foco.
Importante: não confunda “fazer seu horário” com “trabalhar pouco”, combinado?
5. Misturar CNPJ com CPF
Se você fala que não tem salário, você, de certa forma, “rouba” da sua empresa, ou seja, um empresário precisa ter salário. Sendo assim, jamais utilize, sem critérios, recursos financeiros empresariais para despesas ou investimentos relacionados ao pessoal, ou vice-versa.
Ao cometer esse erro, você:
- desorganiza-se financeiramente;
- corre riscos legais e fiscais;
- tem dificuldade na prestação de contas.
Analise os gastos fixos da empresa e defina um salário a partir dele, mas nunca destine o restante do lucro para a sua conta pessoal. O melhor a se fazer é destinar parte do capital mensal em investimentos e aplicações, e outra parte, na conta da empresa, afinal, em hipótese alguma comece o próximo mês no zero.
6. Não saber sua taxa de administração indireta
A taxa de administração indireta refere-se aos custos indiretos necessários para a administração do negócio, como água, luz, secretária, papel, café, contador e assim por diante.
Infelizmente, é comum os administradores não calcularem a taxa, o que pode significar uma má administração do capital, isto é, a diminuição do lucro e até mesmo eventuais prejuízos.
Para evitar os problemas citados, calcule o BDI (Bonificação e Despesas Indiretas), um percentual adicionado ao custo direto de um produto ou serviço para cobrir despesas indiretas e proporcionar lucro.
Para descobrir o valor da taxa do seu negócio, identifique o total dos custos indiretos, determine a porcentagem que deseja aplicar sobre o custo total da empresa para cobri-los. Depois, multiplique o total dos custos indiretos pela taxa de administração indireta determinada. Exemplo:
Se os custos indiretos totais da empresa forem R$ 100.000,00 e você decidir aplicar uma taxa de administração indireta de 15%, o cálculo seria:
Taxa de administração indireta = R$ 100.000,00 * 15% = R$ 15.000,00.
Portanto, terá R$ 15.000 para gerir conforme as demandas do empreendimento.
7. Não manter o estoque atualizado
Só vende bem quem compra e administra bem. Não adianta comprar 10 tipos de produto e realizar a próxima compra somente quando todas as unidades se acabarem. Clientes precisam de qualidade, novidade e variedade!
Pense na seguinte situação: o cliente entra em uma loja de roupas, gosta de uma peça e compra. No mês seguinte, ele retorna e encontra as mesmas opções. E no próximo mês, a mesma coisa. Na sua opinião, ele irá retornar? Muito provavelmente não.
A desatualização do estoque, tanto no sentido de falta de compra ou compras que não seguem as tendências do mercado, afastam a clientela. Compre com sabedoria, estude seu nicho, mantenha-se atualizado das preferências do público e seja um dos primeiros a trazer as novidades.
8. Ignorar a concorrência
Ignorar a concorrência é querer vencer uma maratona sem se importar em querer ser o mais rápido. Como empresário, assim como o maratonista, você precisa analisar o concorrente para ser melhor do que ele. Não igual, sempre melhor.
Não confunda analisar a concorrência com copiá-la. Lembre-se que estamos falando em superação e não em igualdade. Portanto, estude seus concorrentes, entenda seus pontos fortes e fracos, não cometa os mesmos erros e aperfeiçoe as qualidades.
9. Resistência às mudanças
A missão e os valores da instituição são características bastante fortes, mas isso não quer dizer que os gestores devam ser resistentes às possíveis mudanças na cultura organizacional ou em qualquer outro departamento.
As mudanças, nesse caso, servirão para a empresa melhorar, crescer e se desenvolver mais rapidamente. Resistir a elas não é um sinal de fraqueza, pelo contrário, mostra o quanto o empresário está disposto a fazer o que for necessário para alcançar seus objetivos.
10. Não ter processos bem definidos
Por último, a falta de processos bem definidos gera complicações, como:
- ineficiência operacional;
- falta de consistência nos resultados;
- desorganização no fluxo de trabalho;
- dificuldade na delegação de tarefas;
- maior propensão a erros e retrabalho.
Qual negócio dá certo com todas as problemáticas acima? Nenhum. Com sorte, sobrevivem sempre no limite, mas não chegam a ter o prestígio e o sucesso de empresas bem estruturadas.
Para definir os processos, os administradores devem identificar as atividades da empresa, desde a organização financeira ao marketing.
Após a definição, o próximo passo é documentar cada etapa pelas quais os processos devem passar, incluindo: responsabilidades e responsáveis, prazos e recursos necessários. Tudo deve ser feito voltado à eficiência, praticidade e otimização.
Por fim, comunique os processos aos interessados e monitore-os a partir do momento em que os procedimentos forem colocados em prática. Quando houver necessidade, adapte-os para garantir a eficácia das atividades.
Ser um empresário bem-sucedido é o sonho de todos os empreendedores, mas o querer, sozinho, não basta. Por isso, como última dica, sugerimos que conheça mais sobre gestão de projetos, isso porque chefiar uma empresa demanda muita responsabilidade, sabedoria e compromisso, então, coloque-os em sua lista de prioridades e busque os conhecimentos fundamentais para alcançar reconhecimento, e é claro, lucro.