O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) solicitou nesta última quarta-feira (22) a prisão preventiva de Aníbal Apostolo de Oliveira Junior, ex-secretário de Administração e Governo de Ribas do Rio Pardo.
Ele é acusado de participar de um esquema que desviou R$ 722 mil em dinheiro público através de um contrato com um posto de combustível em 2017.
A operação, chamada “Combustão” e conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), mirou Aníbal e outros envolvidos em 2020. Entre os acusados estão o ex-prefeito Paulo Silveira, conhecido como “Tucura”, o ex-vice-prefeito Luiz Carlos Dutra Júnior, o ex-servidor Emerson Franchini, e os proprietários e gerente do posto de combustível Bonanza: Rinaldo Nunes, Anderson Nunes e Juliano Ramos.
Segundo o site Campo Grande News, o pedido de prisão do MPMS é justificado pelo fato de Aníbal não ter constituído defesa nem comparecido nas últimas audiências do processo que corre na 1ª Vara de Ribas do Rio Pardo, apesar das várias tentativas de contato e intimação.
Em manifestação à Justiça, o MPMS argumenta que a prisão é necessária devido à “gravidade concreta dos crimes”, que incluem peculato e organização criminosa. A Justiça ainda não se pronunciou sobre o pedido.
Em contato telefônico, Aníbal confirmou sua identidade, mas permaneceu em silêncio quando questionado sobre o pedido de prisão e as acusações.
Durante as ações do Gaeco em 2020, o então secretário municipal de Administração interino de Ribas do Rio Pardo, Wilson Aparecido dos Santos, e Fernanda Canova Dias, esposa do ex-diretor da Secretaria de Obras do município, foram presos em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
A operação executou 17 mandados de busca autorizados pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).