33.1 C
Três Lagoas
quarta-feira, 26 de junho de 2024

Terror dos maus pagadores, grupo Caloteiros Três Lagoas resolve pendências mais que o Serasa e o SPC

A página completou 3 anos em março passado, possui 26 mil membros e durante esses anos conseguiu equacionar milhares de pendências envolvendo dívidas e outras situações  

Sempre torcemos para não levar calote, mas infelizmente pode ser que aconteça. Não apenas torcemos, mas trabalhamos de um jeito que procuramos evitá-lo ao máximo, mas caso venha a acontecer, como lidar com isso? O que fazer?

COMO SURGIU O GRUPO

Devido a essa situação e cansada de ver o descaso alheio, principalmente após levar um calote de uma inquilina que mudou para outro estado, deixando vários aluguéis em atraso, Dóris Bocato, teve a ideia de criar um grupo no Facebook expor os caloteiros de Três Lagoas. Para auxiliá-la, ela colocou a Júlia Monteiro Campos como moderadora. Comerciantes que não honram com os seus funcionários, pessoas que compram, mas não pagam o que devem, golpistas que vendem produtos que não existem ou que não entregam, pessoas que executam serviços e não recebem acabam indo parar na página que, por sinal, funciona a maioria das vezes.

Um deles foi quando um consumidor comprou um ar-condicionado. O empresário não teria entregado o produto cinco meses após a compra e supostamente não devolvia o dinheiro da vítima. Após a publicação, rapidamente o objeto comprado foi entregue.

SEM SOSSEGO

Dóris disse ao Perfil News que às vezes pensa em desativar o grupo, devido aos incômodos acontecem frequentemente. “Tem momento que não tenho sossego. As pessoas me procuram a todo momento pedindo para intervir na situação. Outros pedem que eu seja a interlocutora para mediar acordos com o credor.”

Ela falou ainda que caso não desative o grupo, ela pretende inserir regras, nas quais terão que ser obedecidas pelos membros do grupo.

A princípio, o grupo funciona como uma forma de ‘dar um susto’ nos caloteiros. Como neste caso do ar-condicionado, os dados do empresário como nome e foto não foram divulgados. A administração apenas relatou o ocorrido e um prazo foi estipulado para que o empresário entregasse o produto. Após os longos cinco meses de espera, o cliente recebeu finalmente o objeto comprado.

Além de fazer as cobranças, o grupo também oferece apoio a outros assuntos como doação de animais que precisam de abrigo, divulgação de produtos de empresários da cidade, venda e compra de imóveis etc.

O MELHOR É PREVENIR

Para não precisar lidar com calotes, é melhor se prevenir e tentar evitá-lo ao máximo. Com clientes direto você deve fazer pesquisas sobre eles e suas empresas, e você tem mais liberdade e pode solicitar um “sinal” para então começar a realizar o serviço. Alguns não aceitam e dizem não ter condições de realizar essa parte do pagamento. Cabe a você aceitar ou não o serviço. Mas independente do cliente dar ou não o sinal, quando você entrega o serviço, é preciso receber o pagamento pelo serviço.

Por mais que você queira trabalhar com contratos e peça para o cliente assinar um informando que está ciente sobre prazos de pagamento ou qualquer coisa do tipo, pode ser que ele não cumpra. Mas então, se percebermos que vamos levar um calote, o que fazer?

Veja 5 dicas que você pode utilizar caso sinta que vai levar um calote.

1. Pare e respire fundo! Não faça nada com a cabeça quente ou irritado, pois você pode se arrepender mais tarde.

2. Haja com profissionalismo e maturidade. Eu sei que bate uma revolta profunda, principalmente quando o cliente diz que vai pagar e fica enrolando, mas é nesse momento que temos que ser maduros e profissionais. É em casos assim que nossa atitude mostra quem somos.

3. Faça as cobranças por escrito. Por mais que seu cliente prefira o contato telefônico, sempre mantenha uma cópia do que foi conversado por e-mail. Isso serve como documentação para ambos.

4. Se você não aguenta mais fazer cobranças, informe ao seu cliente (de maneira educada, porém com clareza), que o pagamento deve ser feito até a data X, caso contrário você buscará meios legais de receber a quantia que lhe é devida.

5. Se mesmo após fazer o que indica o ponto 4 o cliente não efetuar o pagamento, entre em contato com um advogado e solicite informações para saber como proceder e se valerá a pena brigar pela quantia que o cliente deve.

Fazer cobranças é uma situação desagradável, porém é mais desagradável ainda é não receber pelo seu trabalho ou produto vendido. Tentar resolver os problemas (seja com cliente ou com quem quer que seja) de maneira amigável e sem precisar envolver a Justiça é o primeiro passo.

Outra dica é que tente resolver tudo entre as partes e não saia ameaçando dizendo que vai gritar o nome dele por aí. E tome cuidado caso essa ideia passe pela sua cabeça, pois caso ele veja, ainda pode virar o jogo e se tornar a vítima, processando você por difamação, calúnia, e outras coisas mais que podem querer acrescentar ao processo.

É crime chamar alguém de caloteiro?

Para a prática deste crime, a veracidade dos fatos ou características imputadas à vítima pouco importa. Mesmo que João efetivamente tenha deixado de pagar suas contas, acusá-lo de “caloteiro” ou “trambiqueiro”, pode ser caracterizado como Injúria ou Difamação, mesmo que estas ofensas sejam feitas pelo próprio credor.

Leia também

Últimas

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.