A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desmantelou na última terça-feira (18) um grupo criminoso que atuava na venda de carros consignados e prendeu o proprietário de uma agência de veículos na Cidade do Automóvel, conhecido como “Mágico dos Carros”. Jorge Torres Rodrigues, dono da Torres Multimarcas, teria faturado R$ 2,5 milhões com o sumiço de cerca de 200 veículos que estavam expostos nos pátios da loja.
De acordo com o site Metrópoles, as investigações da 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural) revelaram que Jorge e seus quatro comparsas, todos presos preventivamente, operavam um esquema fraudulento na Cidade do Automóvel e em Santa Maria. Mais de 70 vítimas foram lesadas pelo grupo, que oferecia venda rápida e vantajosas para veículos consignados.
Após atrair os clientes com promessas, Jorge e seus comparsas simplesmente sumiam com os carros e o dinheiro das vítimas. Os veículos eram revendidos a terceiros para dificultar o rastreamento e evitar a identificação dos crimes.
A Operação Conexão Babilônia, deflagrada pela PCDF, prendeu os cinco integrantes do grupo criminoso. Jorge, que estava foragido no Piauí, foi localizado e detido na cidade de Inhuma. Além das prisões, a operação apreendeu seis veículos que pertenciam às vítimas e que estavam em posse dos líderes do grupo.
A Justiça determinou a indisponibilidade dos bens e o bloqueio judicial das contas bancárias dos investigados, totalizando R$ 2,5 milhões. Essa medida visa garantir a reparação financeira das vítimas e evitar que o grupo utilize os recursos obtidos de forma ilícita.
O delegado responsável pela investigação, Rodrigo Carbone, afirma que a PCDF está empenhada em garantir a reparação dos danos sofridos pelas vítimas e em restabelecer a ordem no mercado automobilístico. “Queremos que a justiça seja feita e que os responsáveis respondam pelos seus crimes”, ressalta o delegado.
A PCDF alerta os consumidores para que tomem cuidado ao negociar a venda de carros consignados. É importante pesquisar a reputação da empresa, verificar se há registro na Junta Comercial e exigir contratos claros e detalhados. Em caso de suspeita de fraude, denuncie à polícia.