Soluções para eliminação ou redução da emissão de carbono na atmosfera passam por debates, pesquisas e divulgação para se consolidarem na sociedade. O 3° Workshop Internacional de Inovação em Biomassa, realizado nesta quarta-feira (19/05), no auditório do ISI Biomassa (Instituto Senai de Inovação em Biomassa), em Três Lagoas, proporcionou essa oportunidade para empresários, profissionais, estudantes e pesquisadores brasileiros e do exterior.
Para o diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, eventos como esse colocam a cidade de Três Lagoas, o Estado de Mato Grosso do Sul e o Brasil no mapa das inovações industriais. “São processos internacionais que estão cada vez mais interconectados. É importante o encontro com esses pesquisadores do mundo inteiro, em que talvez a dificuldade que ele tenha em algum processo, possa se resolver em um workshop como esses. O nível técnico é muito elevado”, destacou.
Os palestrantes apresentaram trabalhos voltados para o tema net zero, destacando o papel da inovação na busca pela energia verde. De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), as emissões globais devem ser zeradas até 2050. O net zero envolve justamente a eliminação ou a compensação das emissões indiretas geradas por toda a cadeia produtiva, desde fornecedores até consumidores finais.
O cientista do Franhoufer UMSICHT, Tim Shulzke, da Alemanha, esteve entre os palestrantes. Na ocasião, o pesquisador debateu o uso de tecnologias CCUs (Captura, Utilização e Armazenamento de Carbono) como peça chave na economia de circulação de carbono. “Este evento trata de tecnologias para alcançar a economia net zero, sobre não emitir mais dióxido de carbono na atmosfera e não agravar o aquecimento global. Este tema afeta todas as pessoas ao redor do mundo e isto é extremamente crucial para todos nós. Se trabalharmos juntos, isto mudará a mentalidade e se consolidará mais rapidamente no mundo.”
Especialista em Desenvolvimento Industrial do Senai Nacional, Fernanda Neuman, palestrou sobre as formas de fomento para o desenvolvimento de pesquisas que impulsionam a emissão de carbono na atmosfera. “O Senai não tem só estrutura e tecnológica, mas toda mobilização e articulação para criar novos projetos para trazer fomento e articular com mais parceiros a superação de desafios na área. A inovação aberta é necessária. Não existe empresa que não faça isso sem atuar com parceiros e o Senai pode ser parte disso”.
O evento também contou com pesquisadores da UFRJ, CCS Brasil e EMBRAPII, além de representantes da Indorama, Copa Energia, Cibiogás, Abiogás, Renovars, Braskem, SLB, Baker Hughes e CBA.