Documentário sobre o Bando do Velho Jack movimentou a agenda rock no fim de semana. Diretora Gabriela Dias sinaliza com projeto para um longa-metragem.
Tudo começou na noite de sexta-feira (12/07) com uma pré-estreia bastante concorrida, no Espaço Energia, no centro de Campo Grande. No dia seguinte, três sessões cheias no Rock Cine (Shopping Bosque dos Ipês) e muita interação (e emoção) entre público, direção, produção e músicos da banda, marcaram o lançamento do filme “Noites em Claro – Palavras do Bando do Velho Jack”.
O domingo (14/07) foi reservado para sessões beneficentes – iniciadas às 15 horas. Para assistir, cada pessoa colaborou com um litro de leite. A arrecadação foi revertida para a Casa Lar Lions, entidade que faz acolhimento de pessoas com deficiências física ou mental.
O filme relata, através de depoimentos, os principais episódios da trajetória de quase três décadas do hoje quarteto formado, por Rodrigo Tozzette, Marcos Yallouz, Fábio “Corvo” Terra e Alex “Fralda” Cavalheri. Um deles – o assassinato do então vocalista da banda, Alex Batata – foi certamente o momento de maior carga emocional, tanto no aspecto interno e estrutural do documentário quanto na reação do público.
Profissionais do audiovisual, fãs da banda de diferentes gerações, jornalistas, familiares e personalidades da arte sul-mato-grossense dividiram os mesmos espaços, como Paulo Simões, Miska Thomé, Anderson Viegas, Guga Borba, Pedro Ortale e Jerry Espíndola, dentre outros.
As reações deixaram claro o merecimento desse registro da música sul-mato-grossense: “Muito bom ver projetos como este”, comentou a cineasta Marinete Pinheiro, diretora de “A Dama do Rasqueado”. Já o médico e professor João Ricardo Tognini ressaltou a qualidade e a capacidade de abrangência e coesão da produção: “Fiquei impressionado. Mesmo sendo um curta-metragem, os realizadores conseguiram abordar os principais fatos da história do grupo, que acompanho desde o início. O roteiro não deixou escapar nada.”
Marcos Yallouz, baixista e um dos fundadores do grupo, lembrou que o Bando do Velho Jack foi presenteado com a obra. “A diretora Gabriela Dias e o produtor e roteirista Felipe Mesquita poderiam ter optado por contar a história de grandes artistas aqui no Centro-Oeste, mas vieram justamente até nós. Temos de agradecer por isso”. A diretora, por sinal, contou que muito material ficou de fora e deixou pistas de que mais coisa pode vir: “Não dá pra mergulhar em detalhes de uma história tão rica em apenas 15 minutos. Quem sabe um longa não possa pintar mais à frente?”
Na pré-estreia, quem deu o presente foi o Bando do Velho Jack. Os convidados se deleitaram com um pocket show de pouco mais de meia hora, o suficiente para espantar totalmente o frio intenso da noite. O momento teve um reencontro marcante. Depois de anos (por motivos particulares), o baterista e fundador do grupo, João Bosco se juntou ao Bando para executar a clássica “Minha Vida É o Rock‘ N‘ Roll”, da icônica banda brasileira, Made in Brazil.
As exibições públicas do curta-metragem continuam aos finais de semana (sábados e domingos) até o dia 30 de agosto no Rock Cine, espaço reservado no Shopping Bosque dos Ipês. O filme é uma produção independente viabilizada com incentivos da Lei Paulo Gustavo, através da Prefeitura Municipal de Campo Grande via Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (SECTUR). O projeto conta ainda com o patrocínio da Energisa MS e apoios do Old Sheep Steak Bar e do Shopping Bosque dos Ipês.