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domingo, 24 de novembro de 2024

Advogado do RJ denuncia caso de discriminação e abuso contra o filho autista de 10 anos em hotel do MS

Um menino de 10 anos, portador do Transtorno do Espectro Autista nível 3, foi envolvido em uma série de incidentes graves no Hotel Guarujá, em Ponta Porã, no dia 24 de março, resultando em sua expulsão do estabelecimento, detenções e violência policial, conforme denunciado por seu pai, Marco Antônio do Nascimento, advogado do Rio de Janeiro.

Segundo relato de Marco Antônio divulgado pelo site Top Mídia News nesta quarta-feira (17), enquanto seu filho tomava banho no hotel, um funcionário reclamou do barulho causado pela criança.

Posteriormente, o proprietário do hotel ordenou que deixassem o local imediatamente, durante o check-in.

O menino, ao ouvir a ordem de expulsão, teve um surto psicótico, empurrando um sofá sem causar danos materiais graves.

O proprietário chamou a Polícia Militar, que, segundo o relato do pai, invadiu o quarto sem mandado judicial e prendeu a criança. Após ser levado para um hospital, o menino teria sido submetido a mais violência por parte dos policiais antes de ser liberado.

De volta ao hotel após o episódio no hospital, a família foi confrontada novamente pelo proprietário, que afirmou que o quarto já havia sido alugado e negou o acesso ao banheiro ao menino, que estava tomando medicamentos fortes. Diante da recusa em permitir o uso do banheiro, o menino entrou em crise novamente, enquanto o pai tentava negociar.

O proprietário, então, chamou a Guarda Municipal, que prendeu não apenas o menino, mas também seu irmão e seu pai. Todos foram levados novamente ao hospital, onde, segundo Marco Antônio, os guardas desrespeitaram os direitos da criança autista ao invadir a “Sala Vermelha”, área restrita do hospital.

Marco Antônio, também advogado, exigiu providências legais contra os envolvidos no incidente e buscou apoio da Associação dos Pais Autistas de Ponta Porã. O caso foi encaminhado ao Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul (MPE-MS), após o Ministério Público Federal (MPF) declinar da competência.

O hotel, a Polícia Militar e a Guarda Municipal estão convidados a se manifestar sobre o ocorrido.

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